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Alibaba emite bônus de US$ 8 bi, o maior da história chinesa

21 nov 2014 - 15h03
(atualizado às 16h04)
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<p>A precificação dos bônus do Alibaba, presidida pelo chinês Jack Ma, foi comparável à de gigantes como Amazon e eBay; pedidos superaram US$ 11 bi</p>
A precificação dos bônus do Alibaba, presidida pelo chinês Jack Ma, foi comparável à de gigantes como Amazon e eBay; pedidos superaram US$ 11 bi
Foto: Lucy Nicholson / Reuters

O Alibaba vendeu o maior bônus emitido na história de uma companhia asiática na noite de quinta-feira por meio de uma oferta de US$ 8 bilhões (na conversão atual de moedas R$ 20 bilhões) em seis tranches (fatias).

A precificação dos bônus (um espécie de segunda oferta inicial de ações - também conhecido como "Initial Public Offering" ou "IPO" - funciona para dar prioriade em uma nova remessa de ações) da empresa chinesa foi comparável à de gigantes da tecnologia como Amazon e eBay.

Vale lembra que o IPO da Alibaba foi a maior da história, ao arrecadar US$ 25 bilhões na venda de 320, milhões de ações na Bolsa de Nova York.

Investidores asiáticos, cujos pedidos superaram US$ 11 bilhões nas fatias, ficaram com uma faixa de somente 15% a 20% dos títulos emitidos, disseram duas fontes.

Acirrada no mercado financeiro, a oferta levou muitos a acreditar que a gigante chinesa do comércio eletrônico, com suas ações listadas nos Estados Unidos, pôde escapar de pagar um prêmio maior ao governo chinês, se tivesse suas ações na China.

"A precificação dos bônus do Alibaba não refletiu um prêmio de risco da China na nossa visão. O bônus foi mais precificado como se fosse dos Estados Unidos", disse Raymond Lee, gestor de portfólio da Kapstream Capital, uma das maiores gestoras de renda fixa da Austrália.

"É uma operação decisiva não só pelo tamanho, mas pelo fato de que foi precificada contra um grupo de concorrentes em um mercado desenvolvido", disse uma pessoa familiarizada com o assunto.

Preço alto

Investidores asiáticos, em geral, consideraram o preço dos títulos do Alibaba caros na comparação com outras companhias da China que pagam juros mais altos com um risco similar. Investidores dos Estados Unidos compraram a maioria dos títulos, três quartos das ofertas, disseram duas fontes familiarizadas com a transação.

Segundo uma nota do Nomura publicada na véspera, as emissoras de dívida na China normalmente pagam um prêmio de 20 a 50 pontos base a mais que seus pares dos EUA devido ao "Desconto da China", em função do risco associado ao país e outros fatores técnicos.

Ao longo do processo de recebimento de interesse pela oferta em três fusos horários diferentes, os pedidos chegaram a US$ 57 bilhões antes de fecharem a US$ 55 bilhões. 

A companhia não revelou estatísticas de distribuição.

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