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Campus Party: banda larga pode ter imposto zero, diz ministro

20 jan 2011 - 18h12
(atualizado às 22h19)
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Ana Brambilla
Direto de São Paulo

Participante da mesa Campus Debate, sobre os desafios do crescimento em tecnologia e comunicações para o Brasil, o ministro das comunicações, Paulo Bernardo, afirmou que o Plano Nacional de Banda Larga estima um custo de mensalidade de R$ 35 reais em Estados onde houver cobrança de ICMS. O valor pode ser mais baixo em unidades federativas que não cobrarem o imposto. "Já consultei vários secretários de fazenda que têm dificuldade para diminuir imposto de maneira geral, mas que, na questão de banda larga disseram que é possível fazer redução ou até zerar o ICMS", disse nesta quinta-feira, no palco da Campus Party Brasil.

Campus Party: games e simuladores divertem campuseiros:

No debate, Bernardo dividiu a atenção com o Twitter. Em seu perfil pessoal, postou: "Na Campus Party, em debate. Na mesa, com Antonio Valente, @getschko e @mlteza". Os parceiros de discussão citados pelo ministro são o presidente da Telebrasil, Antonio Carlos Valente, o diretor-presidente do Núcleo de Informação e Coordenação do Comitê Gestor da Internet, Demi Getschko e o diretor geral da Futura Networks, Mario Teza.

Entre as questões debatidas, a conectividade do brasileiro apareceu como um desafio para a nova gestão do ministério. Bernardo citou que, em 2010, 14 milhões de computadores foram vendidos no Brasil e que, para 2011, a projeção é de que este número chegue à casa dos 16 milhões. Ter computador, apenas, não basta. O ministro destacou que o brasileiro é um dos povos mais comunicativos: "A pessoa não quer computador para escrever, ela quer para se comunicar".

Demi Getschko reforçou a visão do ministro ao lembrar que 5 milhões de domicílios possuem computador sem conexão. Uma possível resposta para diminuir este índice seria o Plano Nacional de Banda Larga. Embora a administração federal esteja projetando a tecnologia no Brasil para 2025, tomando como base países como Coreia do Sul e Estados Unidos, Demi Getschko rebate ao dizer que comparar conexão do Brasil à da Coreia é inadequado e que a largura da banda não é o mais importante.

"O que importa é que o brasileiro esteja conectado de forma perene e que tenha acesso à cesta básica de serviços, que são: visitas a sites, correio eletrônico, VoIP e vídeos para assistir". Para chegar a este pacote, a disseminação plena do IPv6 é apontada como ponto fundamental pelo representante do CGI.

Para a popularização desta tecnologia que permite ampliar o acesso, o presidente da Telebrasil vê a carga tributária de 40% em serviços de telecomunicações como um dos maiores obstáculos. Reduzir impostos, aumentar a competitividade e investir na educação são elementos-chave para a ampliação da conectividade do brasileiro: "Não adianta conectar todas as escolas se não houver capacitação dos professores", pondera. Quanto ao IPv6, Valente acredita que a própria dinâmica do mercado acelerará os investimentos e, por consequência, a difusão do novo protocolo.

Visivelmente animado com o evento, Paulo Bernardo disse que tentou ser campuseiro: "Até tentei fazer reserva de uma barraca pra ficar até amanhã, mas disseram que não tem mais vaga", lamentou.

Fonte: Redação Terra
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