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Brasil avalia liberação de gadgets em pouso e decolagem de aviões

22 mar 2012 - 08h07
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Rafael Maia

A agência nacional de aviação dos Estados Unidos (FAA) resolveu investigar a prática comum de desligar os aparelhos eletrônicos durante o voo - principalmente nos momentos-chave de decolagem e pouso - e testar de verdade a teoria. O fato é que não existe nenhum estudo ou caso em que o uso de um smartphone ou de um tablet, por exemplo, tenham causado a queda de uma aeronave. No Brasil, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que, se o resultado da agência americana se mostrar positivo, há possibilidades de a liberação ser aplicada também no País.

Agência de aviação dos EUA já está reavaliando se uso de eletrônicos causa interferência durantes voo
Agência de aviação dos EUA já está reavaliando se uso de eletrônicos causa interferência durantes voo
Foto: AFP

"Atualmente a Anac não contempla em seu planejamento nenhuma atividade para rever essa lista de dispositivos permitidos, no entanto, eventuais estudos e novas propostas de regras produzidos por outras autoridades estrangeiras, como FAA e EASA, podem ser avaliados por esta Agência e, posteriormente, internalizados em um formato adequado à realidade brasileira", afirmou, em entrevista ao Terra, Annelise Pereira Berutt, gerente técnica da agência nacional.

De acordo com o regulamento da Anac, o uso de equipamentos eletrônicos é permitido no Brasil "desde que não emitam ondas eletromagnéticas, para que não causem interferência nos sistemas de aeronave e mantenham a segurança do voo". Um artigo publicado no site de tecnologia Business Insider afirma que essa "prática" é uma lenda das mais bem contadas da história.

Nos Estados Unidos, algumas empresas áreas estão encorajando os pilotos a usarem iPads (o tablet da Apple) dentro da cabine de comando - o que, obviamente, iria contra o regulamento, para os passageiros, de que instrumentos eletrônicos podem inteferir com os equipamentos do cockpit e fazer o avião cair. A FAA jutifica que o novo contexto econômico em que o mundo está inserido e o crescimento do uso de smartphones, tablets e notebooks para a comunicação justificam que a agência "dê uma nova olhada" nas regras da avião comercial, como conta o The New York Times.

No entanto, no Brasil, o caminho é o da espera. Se os testes feitos fora do País forem conclusivos - para o bem ou para o mal - a Anac estudará a aplicação em território nacional, apesar de, atualmente, nas regras publicadas pelo site da Anac, a agência concordar que existe um contexto diferente hoje em dia, no qual o uso de smartphones e outros equipamentos eletrônicos precisam ser levados em conta.

Fonte: Terra
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