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Celular de SP ganha nono digito em meio à proibição de vendas

27 jul 2012 - 17h46
(atualizado às 18h05)
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Os celulares da cidade de São Paulo e região ganham a partir de domingo o nono dígito, numa medida para permitir a expansão das linhas que entra em vigor quando a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aperta o cerco sobre a qualidade dos serviços prestados pelas operadoras.

Aplicativos ajudam usuários a atualizar números de SP

Na segunda-feira desta semana, três das quatro maiores operadoras do país foram suspensas de vender novos serviços até apresentarem planos de melhoria de suas redes ao órgão regulador. Apenas uma operadora foi punida por Estado, e a Claro - da mexicana América Móvil - foi a atingida em São Paulo.

"Existiu uma coincidência (da adoção do nono dígito) e a medida da Anatel tomada em função da precariedade do serviço", disse o gerente de interconexão da Anatel, Adeilson Nascimento, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira.

A implantação do número 9 no início de todas as numerações de celulares com DDD 11 começa a valer no dia 29, e deverá aumentar a capacidade de combinações numéricas dos atuais 44 milhões para 90 milhões.

"A implantação (do nono dígito) é de longo prazo, e a situação da má qualidade do serviço é temporária", disse Nascimento.

A Anatel concede novos números para as operadoras que os mantêm em "estoque". Conforme vendem novas linhas, as empresas fazem novas solicitações à agência reguladora.

A Claro, por estar proibida de vender em São Paulo, não receberá novos números até o fim das medidas de punição, segundo Nascimento.

A região metropolitana de São Paulo totaliza mais de 42 milhões de linhas móveis e, por isso, estava perto do limite de números com oito dígitos.

Os usuários que fizerem chamadas sem acrescentar o nono dígito serão avisados por meio de gravações até 15 de janeiro de 2013.

Nono dígito também no Rio de Janeiro

Segundo Nascimento, a área com DDD 21, no Rio de Janeiro, deve atingir um esgotamento na possibilidade de combinações de números na telefonia móvel em dois ou três anos.

"A necessidade mais imediata (depois da área de DDD 11) é a 21. Não tem como precisar uma data de quando haverá esgotamento, isso depende da forma de como administrarmos os recursos", afirmou.

Nascimento explicou que há uma norma que determina a adoção do nono dígito nos celulares em todo o Brasil, mas não há um cronograma para isso.

Segundo o gerente da Anatel, além dos DDDs 11 e 21, aproximam-se do esgotamento os DDDs 31 (Minas Gerais), 51 (Rio Grande do Sul) e 81 (Pernambuco).

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