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Teste: Galaxy S II é o melhor Android à venda no País

5 jul 2011 - 15h04
(atualizado às 19h39)
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Stella Dauer

O Galaxy S II foi lançado já uma semana e é o melhor smartphone Android do Brasil, com poucas chances de ser derrubado do trono nos próximos meses.

Uso do celular em si, aliando hardware e software, é simples
Uso do celular em si, aliando hardware e software, é simples
Foto: Geek

Design
O grande mote do Galaxy S II é sua finura. São apenas 8,5 mm de espessura, realmente muito fino. Essa sensação "folha de papel" aumenta porque ele é praticamente todo reto, com poucos arredondados. A traseira tem cantos levemente arredondados e uma saliência para se fixar à mão, como no Galaxy S. A tampinha que recobre a bateria é de plástico texturizado, bom para não escorregar.

Ele é todo de plástico preto, exceto pela decoração ao redor da tela, como seu antecessor. Porém, as linhas retas e arestas bem definidas não permitem que ele seja visto como mal feito. E por ser fino, é leve: apenas 116 g, muito menos do que vários aparelhos menos potentes que passaram por aqui.

A frente é tomada pelo vidro Gorilla Glass - antiriscos - e pela tela, atrapalhados apenas pelo botão físico principal, o fone, a câmera frontal e os sensores de luz. Nas laterais temos o botão de energia, o de volume e o orifício para encaixar chaveiros. Na parte superior, temos a entrada padrão para fone; embaixo, o microfone e a conexão microUSB, e atrás, uma pequena saída de som e a câmera acompanhada de seu flash.

Tela
Mais um destaque do aparelho. Não satisfeita com o AMOLED, a Samsung trouxe o Super AMOLED. E ainda não satisfeita com isso, colocaram no Galaxy S II o Super AMOLED Plus. A empresa garante a melhor qualidade de imagem com ela, e é realmente fantástica, muito luminosa e muito colorida. Porém, não vimos nenhuma diferença gritante dela para a tela de Super AMOLED, já existente no Galaxy S.

E como se não bastasse o brilho, temos também o tamanho, com uma monstruosa tela capacitiva de 4,27 polegadas com resolução WVGA (480x800 pixels) e 16 milhões de cores. Dentro do design do aparelho, ela fica parecendo maior ainda, mas esse tamanho todo já deixa o ato de ver filmes ou jogar alguns jogos de corrida, luta, entre outros, muito mais confortável.

Sistema operacional
O Galaxy S II traz a versão 2.3 do Android, conhecida como Gingerbread. No geral, isso não faz muita diferença, mas pequenos detalhes e pequenas melhorias na velocidade do sistema melhoram a interação no final das contas.

Todos os Androids da Samsung têm interface parecida - até com os que trazem o sistema Bada -, então não dá pra saber exatamente o que muda por causa do Android ou por causa da empresa. O que é preciso saber é que há um enorme buraco entre esse sistema e essa interface para o aparelho antecessor, mesmo com o excesso de cores a deixando menos elegante que a encontrada nos Motorolas.

Essa interface - chamada de TouchWiz - é mais rápida, mais esperta e mais intuitiva. Uma das provas disso são as três funções de movimento. Na virar, você silencia o telefone quando ele toca simplesmente virando-o com a tela pra baixo. Já com a inclinação, você aproxima imagens e páginas da internet pousando dois dedos sobre a tela e inclinando o aparelho para frente e para trás. E por fim, na panorâmica, você escorrega widgets pelas 10 telas disponíveis na home, bastando manter o app em questão apertado e inclinar o Galaxy S II para os lados.

Quem gosta de personalizar o sistema e fuçar muito nele também vai ficar contente: as configurações desse aparelho são extensas, e há coisas em que apenas experts poderão mexer. São muitas e muitas configurações, mas com poucas delas você já tem um telefone funcional.

O modo de economia de energia tem uma série de coisas para economizar a bateria e salvar a natureza, como a desativação de conexões, atualizações e protocolos depois de um certo tempo sem uso e a diminuição do brilho da tela com bateria baixa. Vêm até algumas dicas de economia.

Usabilidade
O teclado dele é um dos melhores que já mexi, preciso, macio e com ótima resposta tatil. Tanto na digitação normal como quando utilizada a tecnologia Swype - onde deslizamos os dedos para escrever - a taxa de erros é muito baixa.

O navegador é o mesmo dos outros Androids. Nada muito complexo, mas completo o suficiente para guardar bookmarks e abrir diversas abas ao mesmo tempo. Caso prefira, tudo em flash, já que a versão 10.1 do player já vêm no aparelho.

O uso do celular em si, aliando hardware e software, é simples. O visual fica um pouco bagunçado com tantas cores e tantos formatos diferentes de widgets, mas no final você descobre que é simples chegar onde quer, com um número razoável de cliques.

Hardware e processamento
Firmando de vez a era dos smartphones parrudos, o Galaxy S II também tem processador de dois núcleos, só que esse aqui é de 1,2GHz, um ARM Cortex-A9, maior até que o iPad e o Xoom.

Isso é acompanhado por 1 GB de memória RAM, e pelos depoimentos pelo texto, já dá pra ver que é uma máquina muito rápida. As transições são rápidas e podem até ser comparadas às do iPhone 4. Não tem tempo ruim com ele, mas cuidado: pouco mais de 10 minutos de uso direto e a parte perto da câmera esquentou muito.

Escute músicas enquanto navega na internet, mude de ideia e jogue Angry Birds, um jogo pesado. Deixe pra lá e abra o Readers Hub, e passe para o Social Hub. Deixe tudo isso aberto e ainda terá desempenho veloz, com baixo gasto de bateria.

Esse aparelho é preparado para redes 4G, mais velozes que as atuais. No lançamento do Galaxy S II, a Samsung disse que até o final do ano espera que o Brasil já esteja nessa velocidade. Fora isso, temos Wi-Fi n, GPS com auxílio de A-GPS e Bluetooth 3.0+HS, que promete transferências de arquivos muito mais rápidas.

E para garantir bons movimentos e boas respostas a eles, o Galaxy S II conta com acelerômetro, bússola digital, giroscópio e também com sensores de proximidade e luz.

Câmera
Mais um destaque do Galaxy S II. Além da câmera frontal de 2MP - muito boa para vídeo conferências, por sinal - esse aparelho vem com uma câmera traseira, com sensor de 8 megapixels e capacidade de produzir vídeos em Full HD (1080p).

Nas fotos ele se deu bem. Fotos com luz do dia ficam realmente muito boas para um smartphone, chegando perto de uma compacta. Em fotos noturnas o granulado é baixo e a qualidade é boa. Com o flash tudo fica meio estourado, mas serve bem. Não há botão físico para fotos, então essa é disparada pela tela, onde também se pode escolher o foco.

Depois do clique, é possível editar a foto em um app específico, escolhendo ajustes de brilho, contraste, cortes, giros, retoques, seleções, entre outros. E no vídeo temos a gravação de vídeos em Full HD, as 1080 linhas. No escuro o vídeo fica bem granulado, mas a nitidez e as cores são muito boas. Atende bem ao YouTube e vai passar sem problemas em sua TV grandona.

O aplicativo que vem junto no aparelho permite editar pequenos vídeos, inserindo trilhas sonoras, temas e juntando vídeos em uma só sequência. Uma espécie de iMovie bem pobre.

Acessórios
No lançamento vimos diversos acessórios oficiais que serão vendidos separadamente. Apoios e carregadores veiculares, baterias adicionais, docks de mesa - ao contrário da Motorola, o deles é na vertical - e capinhas em couro. Marcas de terceiros devem trazer outros produtos.

Mas dentro da caixa mesmo é melhor não esperar nada. Para preservar a natureza ela é pequena e minimalista. Além do aparelho, traz cabo USB, carregador, fones de ouvido e manual.

Aplicativos
O Galaxy S II vem com uma porção de aplicativos bem interessantes, que já te colocam atualizado com o mundo das notícias e dos amigos. A novidade é o trio Social Hub, Readers Hub e Game Hub.

O primeiro já conhecemos, e atua como concorrente do Blur, da Motorola. E se dá melhor. Apesar de ter a interface feia, ele proporciona bem mais funções e interações com os contados do que o Blur. É possível conectar vários sites a ele como Facebook, Twitter, LinkedIn, email, etc.

No Readers Hub o usuário tem acesso à mais de 2 milhões de títulos entre jornais fornecidos pela PressDisplay, livros fornecidos pela Kobo e revistas fornecidas pela Zinio. Na parte de jornal é possível escolher sete exemplares gratuitos. Um lindo e útil aplicativo.

E, por fim, o Game Hub ajuda a encontrar jogos especialmente desenvolvidos para serem jogados em rede e com resolução HD, oferecendo jogos sociais e premium, trazidos pela Gameloft e mais complexos.

Há também outras utilidades como o Kies Air, aplicativo da Samsung para se conectar o aparelho no computador só utilizando a rede WI-Fi e o navegador. O Wi-Fi direct faz quase a mesma coisa, mas pode se conectar ao desktop e outros dispositivos. E o Wi-Fi hotspot já é conhecido, pois permite compartilhar a conexão 3G ou Wi-Fi com vários aparelhos, notebooks, etc.

Não podemos esquecer do Polaris, visualizador e editor de documentos Office e PDF e o jogo Heroes of Sparta HD versão demo. E assim como o Blur, a Samsung também ajuda a encontrar seu aparelho perdido, bastando se cadastrar no site.

Música e mídia
Mas, para um celular potente como ele é, faltou uma conexão microHDMI para que o Galaxy S II possa ser ligado a uma TV HD. Isso é resolvido com aplicativos como o AllShare, que compartilha mídia com dispositivos que possuam o protocolo DLNA, mas não é a mesma coisa.

O som externo, como eu já esperava, é ruim. Logo que vi a minúscula saída para áudio já sabia que teria som abafado e graves perdidos. Que pena. Mas no fone intra auricular que acompanha o aparelho, a coisa muda de figura. Você sai do mundo e fica apenas na música, com estéreo ótimo e sem distorções. E não espere muito do tocador de músicas. Ele é bem simples, como quase todos os Androids.

No vídeo ele arrasa. Além de filmar, ele também reproduz arquivos em 1080p. Se essa tela já é atraente com meras fotos, imagina passando Transformers nela? É de ficar de queixo caído, é uma tela ótima para ver filmes. E se começar a doer o olho, basta diminuir a intensidade da luz.

Bateria e armazenamento
O quesito bateria ainda está em testes conosco, mas já dá pra dizer que estamos usando o aparelho a todo vapor há umas três horas, com todas as conexões possíveis e ela está pouco abaixo da metade - e não o recebemos com a bateria completa. Por essa previsão, dá pra dizer que ele aguenta umas 11 horas longe da tomada, um número ótimo pra tanto processamento e para uma tela dessas.

Em armazenamento ele é legal. São 16 GB de espaço interno livre para colocar o que quiser, como músicas, vídeos, fotos e aplicativos. Mas, caso você seja viciado em espaço livre, sempre pode contar com a entrada para cartão microSD dentro do Galaxy S II. Ela suporta até 32GB extra de armazenamento, aumentando o espaço final para 48GB. Está ótimo, né?

Quem vai comprar?
Quem não está nem aí pra gastar o preço de um notebook, de um iPad ou de um curso no exterior em troca do melhor Android atualmente nesse país. Tela, processamento, sistema, design, câmera, ele mata tudo no peito e faz lindos gols. Podemos ver no Galaxy S II um pouco do que podemos esperar para o final do ano e para 2012 em matéria de sistemas operacionais de smartphones. Serão mais interações por gestos, intuitivas e simples, e aparelhos cada vez mais voltados para mídias.

Prós:
- Tela luminosa e colorida;
- Câmera de ótima qualidade, com filmagem em Full HD;
- Funções através de gestos com o aparelho;

Contras:
- Valor alto;
- Com pouco uso, aparelho esquenta demais;
- Faltou uma conexão HDMI;

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