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Cinco tablets por minuto: venda cresce 275% no 2º trimestre

30 out 2012 - 08h22
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No segundo trimestre de 2012, a venda de tablets no Brasil registrou um crescimento de 275% em relação ao mesmo período do ano passado. O estudo do instituto de pesquisas IDC revela que 606 mil unidades do dispositivo foram vendidas no País entre abril e junho. O cenário de expansão também deve ser observado nos próximos anos. A previsão para 2016, segundo o IDC, é de que mais de 10 milhões de aparelhos sejam comercializados no mercado brasileiro.

Mais de 600 mil unidades de tablets foram vendidas no Brasil no segundo trimestre de 2012
Mais de 600 mil unidades de tablets foram vendidas no Brasil no segundo trimestre de 2012
Foto: Shutterstock

A ascensão vem desde 2010, quando esses produtos começaram a ser introduzidos no País. O analista de mercado do IDC Brasil Attila Belavary destaca que, naquele ano, 100 mil unidades foram vendidas - até então havia somente produtos da Apple no mercado. Em 2011, houve uma impulsão em termos de volume, com registro de mais de 800 mil unidades comercializadas, além da ampliação na variedade de opções para o consumidor - mais de 15 fabricantes passaram a atuar no mercado. Para 2012, o número acumulado deve saltar para 2,6 milhões de unidades, com tablets produzidos por mais de 20 empresas, atingindo 5,4 milhões no ano que vem.

Entre os fatores que contribuem para a ampliação das vendas, Belavary salienta que a entrada de tablets com preço abaixo de R$ 1 mil e a possibilidade de adquirir modelos com especificações mais básicas tornaram o produto viável a pessoas com menor poder aquisitivo. "Metade dos consumidores brasileiros já tem computador. Agora, estão partindo para adquirir, depois do smartphone, o terceiro ou quarto dispositivo", comenta o analista. A importação de produtos da China também influenciou a penetração desses dispositivos no mercado, assim como as ofertas em sites de compras coletivas.

Aparelhos com Android impulsionam vendas

O sistema operacional Android, por ser mais flexível, é o mais comum entre os novos fabricantes e, conforme o estudo, deve impulsionar o mercado. Belavary projeta que, em 2012, 65% do total das unidades vendidas serão baseadas na plataforma Android. Em termos de conectividade, a análise detectou que grande parte dos dispositivos comercializados dispõem de menos recursos. "Muitos optam por comprar modelos apenas com wi-fi, já que o adicional do 3G é muito perceptível no preço", avalia Belavary. O valor mais atrativo também coloca os tablets com tela de 7 polegadas como o preferido dos consumidores, representando metade das vendas do período.

As taxas de crescimento no mercado de tablets superam a expansão observada no de computadores ou notebooks. Belavary explica que isso acontece porque se trata de um mercado mais novo. O analista espera que o índice de expansão do número de tablets ultrapasse o de computadores e o de notebooks - embora o número absoluto de aparelhos não vá atingir o mesmo feito tão cedo. Na comparação demonstrada pelo IDC, cerca de 10 notebooks eram vendidos para cada tablet em 2011. Para este ano, a proporção deve ficar em 4 para 1, com previsão para reduzir a 2 para 1 em 2016.

Atualmente, são registradas as vendas de 5 tablets, 11 desktops e 17 notebooks por minuto no Brasil. Tanto o iPad 2 quanto o último lançamento da Samsung, o Galaxy Tab 2 10.1, são vendidos no Brasil com preço a partir de R$ 1.299. No mercado mundial de tablets, a Apple é a principal fabricante. No segundo trimestre de 2012, as vendas de iPad representaram 68,2% do volume comercializado, conforme o IDC. Logo em seguida, a Samsung detém 9,6% dos consumidores do setor.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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