Setor de TI gera maior demanda por infraestrutura como serviço
- Luís Herique Vieira
As empresas que mais demandam infraestrutura como serviço (Iaas, na sigla em inglês) na nuvem são do setor de TI (fabricantes de software), agências digitais e grandes sites, que precisam de hospedagem para conteúdos. A informação é de uma das maiores fornecedoras de IaaS do País, a Tecla Internet, que começou a oferecer os serviços em 2009.
A companhia, que administra 1,1 mil servidores para mais de 500 clientes, diz que os tipos de sites que procuram os serviços são os de comércio eletrônico ou leilões online, que têm uma enorme quantidade de acessos diários. Para Cristian Gallegos, este setor não tem mais como não terceirizar este serviço.
Essas empresas não veem a redução de custo como principal atração para a cloud computing em infraestrutura como serviço. "É a questão de flexibilidade, rapidez de instalação. Tudo é automatizado. Em cinco minutos, ele já tem servidor atuando. As empresas têm valorizado a questão da flexibilidade", afirmou Gallegos em entrevista ao Terra .
De acordo com a Tecla, a desistência tem sido baixa até agora, apesar de muitos serviços serem contratados para eventos específicos, se houver demanda. "A maioria desiste quando um projeto acaba. Por exemplo, o site de um evento. Às vezes também é porque a empresa acabou", revelou o executivo.
A falta de conhecimento das empresas é apontada por Gallegos como o motivo para que a infraestrutura na nuvem não tenha estourado ainda no País. Ele explica que as pessoas confudem os softwares conhecidos na nuvem, como Gmail, Hotmail ou Google Docs com outras modalidades de serviços em cloud, como se tudo fosse uma coisa só.
"A confusão ocorre entre Gmail e infraestrutura, por exemplo. Existe grande falta de conhecimento até do público técnico. Eles imaginam que vão ter que entender uma nova linguagem. Tudo é totalmente aplicado à estrutura cloud. Ele é exatamente igual a um servidor", explicou.
A infraestrutura como serviço é o fornecimento de infraestrutura computacional como serviço. Ou seja, ao invés das empresas precisarem comprar e administrar servidores diretamente, os mesmos são administrados por uma empresa contratada.
Gallegos ressalta que há muita preocupação com a segurança dos dados nos data centers e atribui alguns problemas existentes aos mesmos motivos de insegurança fora da nuvem. "O local é importante, mas nossos data centers estão no Rio de Janeiro e em São Paulo. Os problemas em geral são senhas fracas e funcionários que saíram, mas ficaram com acesso à infraestrutura de uma empresa", resumiu.
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