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Conectividade está próxima do mercado de carros-conceito

28 ago 2012 - 08h51
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Uma mistura entre tecnologia, demanda do mercado e a vontade de surpreender os futuros clientes é o que determina o conteúdo das pesquisas em tecnologia para carros. As novidades mirabolantes que se vê em feiras de tecnologia ainda não estão nas ruas, mas inspiram o que vai rodar nos próximos anos. A grande novidade que está por vir, segundo especialistas, é na propulsão dos motores. "A previsão é os carros elétricos se popularizarem em 2050, mas os híbridos já estão sendo lançados no mercado e devem ter participação considerável em 2025", diz o chefe do Laboratório de Motores do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), Renato Romio.

Os carros-conceito exibem a potencialidade tecnológica dos automóveis
Os carros-conceito exibem a potencialidade tecnológica dos automóveis
Foto: Juan Camilo Bernal / Shutterstock


Além do uso da eletricidade como combustível, o diretor da seção São Paulo da SAE Brasil, Alberto Rejman, aposta na conectividade como novidade para o mercado nos próximos anos. Carros cada vez mais ligados ao mundo exterior permitirão ao motorista mais controle sobre o que acontece ao seu redor enquanto dirige.



Sistemas eletrônicos

"Outra área que as empresas da mobilidade vêm investindo recursos significativos é a de segurança e dirigibilidade. Cada vez mais, sistemas eletrônicos irão auxiliar os sistemas mecânicos dos veículos a oferecerem maior segurança e conforto ao dirigir", afirma Rejman. Algumas ideias arrojadas servem mais para mostrar o que é possível fazer do que propriamente para o mercado. Outras são adaptadas e levadas ao consumidor de modo mais brando anos depois. Romio compara as feiras de carros-conceito aos desfiles de moda, em que as tendências são exageradas nas passarelas para chegarem em versões mais usáveis ao consumidor.



Uma dessas formas caricatas de tecnologia é a autonomia do veículo, já apresentada em alguns modelos. O especialista explica que funções como auxílio no estacionamento e sensores de segurança - como os que freiam o carro quando ele se aproxima demais de um objeto - são as versões vendáveis dos carros que dirigem sozinhos. "Se você olhar para trás, anos 1960 e 1970, vai ver alguns conceitos que nunca foram para a rua. Uma ideia ou outra acaba indo, mas o objetivo é fazer um protótipo mesmo", explica Romio. Tanto o professor do IMT quanto o diretor da SAE Brasil concordam que, mesmo que a autonomia total da máquina fosse para as ruas, seriam necessários muitos investimentos em infraestrutura de estradas e cidades para tornar viável um carro sem motorista.



Transporte sustentável

Outra tendência, diz Rejman, é a preocupação com o meio ambiente. "A área de sustentabilidade, que é um dos temas do Congresso SAE 2012, tem tido inovações importantes. Com a utilização de nanotecnologia, novos materiais têm surgido e sua aplicação na indústria da mobilidade vem ganhando importância", afirma.



A iminente substituição de combustível por eletricidade é um sinal disso. Romio afirma que não se sabe exatamente se os carros elétricos serão alimentados por uma bateria que o motorista carrega em uma tomada ou com outro tipo de alimentação, mas que, na maior parte das inovações, o carro segue sendo o velho veículo de quatro rodas, só que com cada vez mais eletrônica embutida, que pode aumentar a segurança e a durabilidade do veículo e o conforto de motoristas e passageiros.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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