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Conheça a história de dois séculos de 3D

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A tecnologia 3D pode parecer para muitos uma grande novidade, mas suas raízes são bastante antigas. Podem se citar desde os gregos - o matemático Euclides e a visão binocular - e os árabes com suas técnicas de desenho e noções de perspectiva; passando pelos estudos de Leonardo Da Vinci e Kepler e mestres como Giotto e Caravaggio com a ilusão de profundidade e elementos que 'saltavam' de suas telas. A tentativa de entender e reproduzir a visão em três dimensões captada pelo olho humano ocupa cientistas, matemáticos, artistas e curiosos há muito tempo.

Estereoscópio da década de 50, com lentes Carl Zeiss, utilizado para visualização de imagens aéreas
Estereoscópio da década de 50, com lentes Carl Zeiss, utilizado para visualização de imagens aéreas
Foto: Divulgação

Foi no século XIX, em 1838, que o físico e inventor britânico Sir Charles Wheatstone criou o estereoscópio - dispositivo baseado numa combinação de prismas e espelhos que permitia ver imagens em 3D a partir de imagens 2D, mostrando que duas imagens visualmente combinadas podem criar a ilusão de profundidade e três dimensões.

Em seguida surgiu uma nova maneira de separar o par de imagens estereográficas: o anaglifo. O par de imagens era desenhado usando duas cores (vermelho e azul) e para vê-las em 3D, era usado um par de óculos com filtros coloridos (também azul e vermelho).

Considera-se The Power of Love como o primeiro filme 3D exibido. Com dois projetores para criar a ilusão de profundidade, a produção norte-americana de 1922 usava a anaglifia. No início do século XIX, também os irmãos Lumiére realizaram uma série de experiências usando filmes anaglíficos.

O anáglifo aparecia em quadrinhos, e também em pesquisas científicas e desenho industrial, campos em que a percepção de profundidade era útil. Modernamente, podemos citar a Nasa: a missão Stereo usa dois veículos orbitais que obtêm imagens tridimensionais do Sol.

Na década de 50, diversos títulos em 3D foram lançados, e a moda chegou também às revistas. Nas décadas a seguir, o cansaço visual e o custo alto das produções causaram uma queda nas produções tridimensionais. Mas nos anos 80, o 3D chegou aos parques temáticos como os da Disney.

Já nos anos 2000, o 3D digital deu nova vida à tecnologia e incentivou novas produções. Hoje, equipamentos de todos os tipos, e que inclusive começam a dispensar o uso dos óculos especiais, prometem facilidade de uso, praticidade, conforto e mais emoção com a tecnologia 3D. Falta ainda baratear os aparelhos e oferecer mais conteúdo. Mas isso, parece, é apenas uma questão de tempo.

Fonte: Terra
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