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Controverso tratado da ONU é aprovado sem apoio dos EUA

14 dez 2012 - 15h40
(atualizado às 16h28)
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Países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovaram nesta sexta-feira um controverso novo tratado para reger as normas internacionais de telecomunicações, apesar da oposição de nações importantes. Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, entre outros, se recusaram a assinar o acordo por temer que o texto permitisse o aumento da censura sobre a internet.

Secretário-geral da UIT, Hamadoun Touré, discursa no último dia da conferência em Dubai: mesmo sem consenso, ONU considera reunião um sucesso
Secretário-geral da UIT, Hamadoun Touré, discursa no último dia da conferência em Dubai: mesmo sem consenso, ONU considera reunião um sucesso
Foto: AP

O tratado atualiza regras que foram revistas pela última vez há mais de duas décadas, passando agora a incluir meios de permitir o bloqueio de spam e encorajar os países a promover acesso à internet em todo o mundo. Os Estados Unidos argumentaram que o ciberespaço está além dos limites do acordo, e se opôs à inclusão de qualquer menção à internet no documento final. Ao não assinar nenhum dos textos aprovados, esses países - assim como Dinamarca, Finlândia, Austrália, que também se recusaram - permanecem vinculados à versão de 1988 do tratado, que não menciona a web.

A União Internacional de Telecomunicações (UIT), órgão vinculado à ONU responsável pelas negociações, declarou que a reunião realizada durante 12 dias em Dubai foi bem-sucedida, apesar da rejeição demonstrada pela delegação americana e seus apoiadores.

"Depois de duas semanas de intensas negociações, representantes de todo o mundo concordaram com um novo acordo global que vai ajudar a abrir caminho para um mundo hiperconectado que trará o poder da informação e das tecnologias de comunicação para pessoas de todo os lugares", afirmou a UIT em um comunicado oficial.

Os Estados Unidos anunciaram na quinta-feira que não assinariam o acordo de telecomunicações global negociado na reunião da ONU em Dubai porque o documento abriria a porta a uma regulamentação maior da rede por parte dos governos, segundo explicou o chefe da delegação americana na conferência, Terry Kramer.

Fonte: Terra
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