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Coreia do Norte nega envolvimento em ataque contra a Sony

O ataque cibernético paralisou os computadores da produtora e permitiu que filmes ainda não lançados e números de seguro social de funcionários fossem vazados

7 dez 2014 - 08h50
(atualizado às 10h05)
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A Coreia do Norte negou envolvimento com a invasão do sistema de computadores da Sony Pictures em retaliação a um filme que a empresa pretende lançar sobre o líder do país, Kim Jong-Un. Contudo, Pyongyang elogiou o ataque e o classificou como um "ato justo".

O ataque cibernético paralisou os computadores da Sony e permitiu que filmes em produção e os dados pessoais de funcionários fossem vazados na rede mundial de computadores.

A Coreia do Norte disse que seus "apoiadores e simpatizantes" podem ter realizado o ataque, mas negou envolvimento do governo.

Coreia do Norte diz que seus simpatizantes podem ter atacado a Sony
Coreia do Norte diz que seus simpatizantes podem ter atacado a Sony
Foto: AP

Foto: AP

Pyongyang vem descrevendo o filme "A Entrevista" como um "ato de terrorismo'.

A comédia, feita pela Sony Pictures, traz os atores James Franco e Seth Rogen nos papéis de dois jornalistas que recebem autorização para ter uma audiência com Kim Jong-Un. Na trama, a CIA (agência de inteligência americana) recruta a dupla para para assassinar o coreano. O filme deve ser lançado internacionalmente no período natalino.

Um artigo publicado pela agência de notícias estatal KCNA, citando fontes do principal órgão militar do país, diz que as sugestões de que o governo da Coreia do Norte está envolvido no ataque são apenas rumores.

Investigadores envolvidos na apuração do caso teriam dito que ferramentas de ataques cibernéticos já realizados pela Coreia do Norte teriam sido usadas na ação contra a Sony.

Pyongyang também afirmou por meio do artigo que "há um grande número de apoiadores e simpatizantes" a Coreia do Norte "em todo o mundo". Eles poderiam ser os autores do ataque.

No artigo, a Sony Pictures é acusada de "cumplicidade em um ato terrorista" e de "ferir a dignidade da liderança suprema" da Coreia do Norte ao produzir o filme. Na semana passada, ao ser questionado sobre o envolvimento do país no ataque, um diplomata da Coreia do Norte disse "espere e verá".

De acordo com o correspondente da BBC na Corea do Sul, Stephen Evans, em Seul a manifestação de Pyongyang vem sendo entendida quase como uma negação da participação no ataque – embora seja ambígua ao dizer que apoiadores do regime seriam os responsáveis.

O ataque

A ação de hackers fez com que vários filmes ainda não lançados pela Sony fossem parar em sites de download de conteúdo.

Também foram vazados as informações sobre salários e números de seguro social de funcionários – incluindo celebridades. O filme sobre a Coreia do Norte aparentemente não foi vazado.

Na última segunda-feira a Sony Pictures disse que havia restabelecido diversos serviços que tiveram que ser interrompidos devido à ação. A companhia, que está baseada na Califórnia, afirmou que está trabalhando com autoridades americanas para investigar o caso, mas não mencionou a Corea do Norte.

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