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Bebê com problema respiratório é salvo por implante impresso em 3D

Menino americano de um ano sofria paradas respiratórias quase diariamente

23 mai 2013 - 09h51
(atualizado às 10h59)
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Em uma cirurgia pioneira, médicos americanos usaram uma impressora 3D para criar um suporte  plástico de brônquio destinado a salvar um menino que parava de respirar quase todos os dias. Kaiba Gionfriddo, de um ano e meio, sofria constantes colapsos de suas vias respiratórias, o que interrompia o funcionamento de seus pulmões e, muitas vezes, de seu coração também.

Médicos da Universidade de Michigan criaram cem pequenos tubos na impressora 3D, que usa laser guiado por computador para fundir camadas de plástico e criar objetos. Com uma permissão especial da FDA (agência de vigilância sanitária dos EUA), os médicos implantaram um desses tubos em Kaiba. É o mais novo avanço no campo da medicina regenerativa, cuja constante expansão tem resultado ultimamente na criação de partes do corpo.

O menino conseguiu então respirar normalmente pela primeira vez. Ele tinha três meses quando a operação foi feita, no ano passado. Agora, tem quase um ano e meio. Em breve, o tubo de traqueostomia que o ajudava a respirar deve ser removido. Desde a cirurgia, descrita no New England Journal of Medicine, ele não teve mais crises respiratórias.

Kaiba tem uma malformação em um dos brônquios, tubos que se ramificam da traqueia e levam ar aos pulmões. Em casos graves, isso pode interromper a respiração e levar à morte, o que quase aconteceu com o menino quando tinha seis semanas.

"Ele ficou azul e parou de respirar", contou April Gionfriddo, mãe de Kaiba. O pai, Bryan, usou reanimação cardiorrespiratória para salvar o menino. Aos dois meses, ele passou a respirar com a ajuda de uma máquina.

A nova prótese foi colocada em volta do brônquio com defeito e evita que ele se feche. O plástico biodegradável deve ser absorvido pelo corpo em três anos, enquanto um novo tecido saudável cresce para substituí-lo, segundo os médicos responsáveis pelo procedimento experimental.

"Penso em um punhado de crianças que vi nas últimas duas décadas que sofriam severamente... elas provavelmente teriam sido beneficiados por essa tecnologia", afirmou o pediatra John Bent. Para ele, apenas o tempo vai determinar se essa pode ser uma solução permanente, aplicável a todos os casos semelhantes.

Fonte: AP AP - The Associated Press. Todos os direitos reservados. Este material não pode ser copiado, transmitido, reformado o redistribuido.
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