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Chineses conectados recorrem cada vez mais ao rádio

20 jul 2009 - 15h06
(atualizado às 15h58)
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Quando o assunto é alta tecnologia, a China tem tudo. Mas no país com o maior número de internautas do mundo, algumas pessoas estão optando por se manter em contato através de uma tecnologia mais antiga: o rádio.

Com antenas, transmissores e receptores, um crescente número de radioamadores chineses enviam mensagens codificadas ou fazem transmissões simples, na esperança de obter uma resposta.

Dos 3 milhões de radioamadores do planeta, cerca de 90 mil vivem na China, de acordo com a Chinese Radio Sports Association, que supervisiona o licenciamento dos praticantes do hobby no mais populoso país do mundo.

Para os membros do Beijing Sunny Radio Club, um final de semana perfeito significa vasculhar as frequências de rádio e conversar com entusiastas do radioamadorismo em outras cidades e até em outros continentes.

O estudante Wang Ranning, 15 anos, é adepto do radioamadorismo há mais de quatro anos e o considera "encantador".

"Os seus sinais podem chegar a uma pirâmide no Egito, ao Pentágono, nos Estados Unidos, passando pela Califórnia ou qualquer outro Estado antes de enfim atingirem uma pequena família na costa leste norte-americana", disse Wang.

Mais a leste, Liu Jinsheng, o primeiro radioamador na cidade costeira de Qingdao, pondera que "nós só fomos autorizados a nos comunicar com os milhões de outros fãs mundiais do radioamadorismo depois que a China se abriu".

"Posso me comunicar com pessoas distantes com uma simples antena. É diferente de usar a internet, porque você depende de outras pessoas", disse.

Com equipamentos ao preço inicial de apenas 200 iuans (US$ 30), o hobby é acessível para muitos dos chineses urbanos.

E embora o número de radioamadores da China dificilmente deva rivalizar com os 340 milhões de internautas que existem no país, seus praticantes ainda assim têm conseguido se comunicar com partes distantes do mundo.

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