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Diante de reclamações, Amazon vai atualizar Kindle Fire

12 dez 2011 - 13h53
(atualizado às 14h44)
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"Em menos de duas semanas, vamos lançar uma atualização para o Kindle Fire", anunciou o porta-voz da Amazon Drew Herdner ao The New York Times. Os detalhes? nada, ainda. A expectativa é de que a performance e a navegação do dispositivo, lançado em agosto, sejam melhoradas, ao mesmo tempo em que novas opções de prviacidade e segurança fiquem disponíveis. Em termos de hardware, as novidades devem chegar no segundo trimestre de 2012, prevê o jornal.

Tablet de US$ 199 aparece como principal concorrente da Apple por ter preço acessível, mas decepciona clientes quanto a desempenho e hardware
Tablet de US$ 199 aparece como principal concorrente da Apple por ter preço acessível, mas decepciona clientes quanto a desempenho e hardware
Foto: Divulgação

Lançado a US$ 199, um preço que lhe garante bastante vantagem competitiva em relação ao iPad da Apple, de US$ 500, o Kindle Fire parece ter decepcionado os clientes. Não há controle de volume externo, e o botão de desligar é muito fácil de ser encostado sem querer. Não há configurações de privacidade e qualquer um na família pode ver os últimos sites e apps acessados. O display touchscreen não é tão sensível quanto deveria e às vezes trava - cita a publicação norte-americana.

Segundo o analista Gene Munster, da Piper Jaffray, as resenhas dos clientes no próprio site da Amazon mostra que a satisfação caiu nas últimas três semanas. Em 18 de novembro, quando começou a monitorar, o Kindle Fire recebia 5 estrelas de 50% dos consumidores, número que caiu para 47%. Os que dão apenas uma estrela - o menor possível - mantêm-se em 13%.

Das 4,5 mil opiniões postadas na página da Amazon, um pouco mais de um terço dá no máximo 3 estrelas para o tablet. A página do iPad 2 no site da gigante de varejo online registra apenas 22% de opiniões nessa mesma faixa. O Kindle original registra apenas 11% de três estrelas ou menos.

Segundo o NYT, a família Kindle é tida como crucial pela Amazon para o futuro da loja online. Por isso, a empresa estaria predendo dinheiro na venda dos dispositivos - analistas apontam que tanto o Kindle e-reader quanto o tablet estão sendo vendidos por menos do que custam. O prejuízo seria compensado na receita advinda da compra de conteúdos para os aparelhos.

"Para que mais você vai usar um Kindle? Se você comprou um é porque pretende comprar livros, muitos livros para colocar nele", explica Andrew Rassweiler, diretor sênior de desmontagens da iSuppli. O foco da Amazon, desse ponto de vista, estaria em vender os aparelhos, torná-los acessíveis aos bolsos que não chegam ao iPad, para então melhorar o equipamento para uma experiência razoável com o conteúdo que a gigante vende.

Mas, para o analista de usabilidade Jackob Nielsen, da empresa de consultoria Nielsen Norman Group, a Amazon deveria estar preocupada com o desempenho do dispositivo desde agora. Segundo o pesquisador, testes com usuários mostraram que os sites de web não rodam bem no tablet com tela de 7 polegadas, e que seria necessário desenvolver aplicativos e páginas específicos para o aparelho com display menor do que as 9,7 polegadas do iPad. Mas, continua Nielsen, o investimento nesses produtos só acontecerá se houver público, e para que haja público seria preciso mais do que simplemente vender o primeiro aparelho a US$ 199. Seria preciso convencer o usuário de continuar usando o Kindle.

Fonte: Terra
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