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Festival internacional mistura arte e tecnologia em São Paulo

4 ago 2013 - 11h22
(atualizado às 11h22)
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Quem passa em frente ao prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na Avenida Paulista, depara-se com um enorme painel de LED interativo, no qual é possível alterar as imagens exibidas utilizando a própria voz, seja falando ou cantando. Trata-se do File LED Show - criação da dupla francesa 1024 Architecture - uma das principais atrações da 14ª edição do Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (File), que ocorre até 1º de setembro.

A mostra tem cerca de 400 trabalhos de artistas do mundo todo, como conta Ricardo Barreto, um dos organizadores do File. "O evento é um cluster, um aninhamento de vários eventos. Tem animação, tem games, tem arte interativa, tem mídia arte, tem machinima (computação gráfica ou filmes produzidos com máquinas domésticas), ou seja, uma gama de repertórios", disse.

No edital do evento, aberto em caráter mundial, mais de mil trabalhos foram inscritos, mas nem todos puderam ser expostos devido ao limite de espaço e também por questões econômicas. "A maioria das obras exige muitas equipes para que ela possa surgir", diz Ricardo. Ele explica que alguns trabalhos são enviados em CD, mas que é necessário ter pessoas cuidando dos computadores, dos projetores, da logística e de toda a estrutura. E completa dizendo que para expôr tudo o que gostaria, seria preciso um espaço três ou quatro vezes maior.

Uma das obras mais curiosas do File vem da dupla Hyunwoo Bang e Yunsil Heo, da Coreia do Sul. Cloud Pink é uma tela emborrachada colocada no teto de uma das galerias, e que reage ao toque humano formando uma nuvem lilás. Outra que chama a atenção é Balance From Within, um sofá que se equilibra em um só pé por meio de mecanismos robóticos, criação norte-americana de Jacob Tonski. Estas e outras obras podem ser vistas no Centro Cultural Ruth Cardoso da Fiesp, na Galeria de Arte do Serviço Social da Indústria (Sesi), e na Estação Trianon-Masp do metrô.

Ricardo Barreto acredita que o evento é importante para o Brasil e para a cidade de São Paulo porque a insere dentro do contexto de arte com tecnologia e mostra um viés que não existe em outros países. "Estamos em um bom lugar para a tecnologia. A tecnologia hoje é fundamental para a nossa vida", diz.

Agência Brasil Agência Brasil
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