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Steve Wozniak pede mais inovações e critica tela do iPhone

Cofundador da Apple criticou filme sobre a vida de Steve Jobs e disse esperar mais inovação da empresa que ajudou a criar

3 mai 2013 - 07h45
(atualizado às 07h48)
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Ícone do Vale do Silício, Steve Wozniak ajudou a moldar a indústria de computação e fundou a Apple ao lado de Steve Jobs
Ícone do Vale do Silício, Steve Wozniak ajudou a moldar a indústria de computação e fundou a Apple ao lado de Steve Jobs
Foto: Divulgação

Pela primeira vez em Brasília, e também pela primeira vez no Brasil depois da morte do antigo parceiro Steve Jobs, com quem fundou a Apple, Steve Wozniak disse esperar por mais inovações nos próximos aparelhos da Apple, especialmente no iPhone. Falando para uma plateia de mais de 5 mil pessoas no Fórum UniCEUB, na noite da quinta-feira, criticou particularmente o tamanho da tela do smartphone produzido pela empresa que ajudou a criar.

"Eu gostaria que o iPhone tivesse a maior tela possível. Não entendo. Quando o iPhone foi lançado, achei ótimo. Mas as necessidades foram mudando e a Apple manteve um discurso de que telas menores são boas e maiores são ruins. Isso é besteira. Provavelmente ela está perdendo mercado com isso", disse Wozniak, tirando do bolso um iPhone branco.

Woz também comentou os boatos de que a Apple estaria preparando o lançamento de um relógio de pulso inteligente. Para ele, a empresa já fez isso com a sexta geração do iPod, cujo design quadrado serviu de filão para empresas criarem pulseiras para o aparelho. Woznik acha que a Apple deve realmenter inovar caso queira se aventurar nesse mercado.

"Eu já tenho um 'relógio de iPod'. Para conectar ele ao meu telefone ou computador, eu mesmo poderia mexer em algumas peças. Eu gostaria mais do que isso. Eu gostaria de conversar com o meu relógio. Fazer perguntas que pudessem ser respondidas de forma realmente inteligente e que pudessem me ajudar de verdade em situações cotidianas", descreveu o engenheiro.

Ícone do Vale do Silício e filantropo pelas últimas três décadas, Steve Wozniak ajudou a moldar a indústria de computação. Em 1976, Woz e Steve Jobs fundaram a Apple Computer Inc. lançando o computador pessoal Apple I. No ano seguinte, apresentou o primeiro computador pessoal com uma unidade central de processamento, um teclado, gráficos coloridos e uma unidade de disquete. Enquanto Woz era o homem por trás da engenharia dos produtos, Jobs era a mente criativa que estimulava o parceiro a criar cada vez melhor.

Parte desta história é contada no filme jOBS, que teve sua previsão de estreia adiada por tempo indeterminado. O filme deveria contar a vida de Steve Jobs, morto em 2011, e mostrar sua relação com Wozniak. Mas ele não é bem assim, na opinião do próprio cofundador da Apple.

"Nós nunca tivemos aquela interação e as personalidades estão muito distantes do que tínhamos na época. Quando conheci Steve, e foi sorte a minha, a contracultura estava no auge. As pessoas falavam em fazer coisas alternativas e eu só queria um emprego. A ideia de computadores afetando a sociedade também não saiu dele (Jobs). Elas me inspiraram e Steve sabia que eu falava abertamente sobre elas no clube Homebrew Computer", disse Woz, referindo-se ao clube de informática de garagem do qual ele participava.

Cofundador da Apple reuniu um grande número de aficcionados por tecnologia
Cofundador da Apple reuniu um grande número de aficcionados por tecnologia
Foto: Divulgação

As palavras de Wozniak têm peso importante entre os aficcionados por tecnologia. Por onde passa, atrai interessados em ouvir as palavras do homem que praticamente criou o computador pessoal, tal qual existe hoje. Com isso, Woz acabou virando uma espécie de guru da autoajuda tecnológica. E ele cumpre bem o papel, encantando a plateia com histórias de sua vida e de como criou o Apple I e do Apple II. Há espaço até para um receituário de vida, que Woz destrinchou para o público. Entre os seus 14 ensinamentos, estão dicas como "siga seu coração" e "não desperdice a juventude" e "persiga a excelência".

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Fonte: Terra
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