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Empresa de navegação TomTom destina mapas para uso por carros autônomos

4 mai 2015 - 13h11
(atualizado às 13h11)
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A companhia holandesa de navegação TomTom quer se tornar a principal fornecedora de tecnologia para carros autônomos à medida que traça seu caminho de volta para o sucesso após sete anos magros, disse o presidente-executivo, Harold Goddijn.

Goddijn disse à Reuters que uma reformulação da arquitetura de mapeamento digital da TomTom está por trás do renascimento da divisão automotiva da companhia, que conquistou grandes contratos nos últimos meses e elevou o preço de suas ações em 40 por cento.

Ele disse que montadoras de veículos estão apostando agora na TomTom como uma das poucas companhias fora o Google que são capazes de fornecer dados de localização suficientemente bons e rápido o bastante para atender às exigências de segurança para condução assistida por computador – e finalmente os carros autônomos.

“Somos vistos por nossos clientes como os caras com as ideias certas sobre como fazer estas coisas”, disse ele em entrevista.

Um raro exemplo de uma marca global de eletrônicos para consumidores a despontar da Europa nos anos 2000, a TomTom despencou numa espiral de problemas após pagar um preço excessivo pela desenvolvedora de mapas digitais TeleAtlas em 2008.

Agora, o entusiasmo de analistas sobre a companhia tem sido causado por conquistas de contratos com montadoras como a Volkswagen além de acordos com Fiat, Hyundai e Kia.

A tecnologia de mapeamento da TomTom está no cerne da demanda de investidores que tem dado um valor de mercado de cerca de 1,8 bilhão de euros à companhia, apesar de lucro de apenas 22,7 milhões de euros em 2014.

Os mapas da companhia agora podem ser redesenhados na hora, integrando informações de carros na estrada, e então imediatamente compartilhados com outros motoristas. “Ninguém mais tem isso”, afirmou Goddijn.

Carros têm sido cada vez mais equipados com vários sensores, não apenas de posicionamento GPS e conexões de telefonia móvel mas também radares, câmeras e sistemas de monitoramento de batimentos cardíacos dos motoristas. Outros, como o Lidar (captura de imagem por laser refletido) ainda podem ser acrescentados no futuro.

Goddijn disse que a reformulação da arquitetura de mapeamento digital da TomTom “nos dá bastante confiança” de que essa proliferação de dados pode ser processada de um modo que assegure a segurança de usuários.

“É excitante e assustador, pois milhões de carros virão e uma montanha de dados será produzida”, disse ele.

(Por Toby Sterling)

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