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Empresas implantam chips em funcionários na Suécia

Ideia é que os funcionários tenham mais facilidade e segurança para interagir com sistemas internos das companhias

1 fev 2015 - 16h44
(atualizado às 17h33)
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Elicio da Costa, que tem escritório nesse edifício, já abre a porta da frente aproximando sua mão do leitor de chip na parede
Elicio da Costa, que tem escritório nesse edifício, já abre a porta da frente aproximando sua mão do leitor de chip na parede
Foto: BBC News Brasil

A maioria de nós já se acostumou a usar crachás, cartões ou senhas para entrar no prédio do escritório, pagar o ônibus ou fazer compras. Mas um edifício comercial em Estocolmo, na Suécia, quer que seus funcionários façam essas coisas usando um chip instalado sob a pele.

Elicio da Costa, que tem escritório nesse edifício, já abre a porta da frente aproximando sua mão do leitor de chip na parede. Lá dentro, ele faz o mesmo gesto para entrar nas salas do escritório e até acionar a máquina de fotocópia.

Ele é um dos que instalaram o pequeno chip de pequeno RFID (identificador de radiofrequência) na mão. Outras 700 pessoas que trabalham no edifício serão convidadas a fazer o mesmo. O objetivo é que, no futuro, o chip sirva para logar em computadores e até realizar pagamentos com o mero toque da mão.

O projeto é organizado por um grupo cibernético sueco, e os chips são implantados por tatuadores.

Experiência rende uma dor semelhante à de uma injeção, mas rápida
Experiência rende uma dor semelhante à de uma injeção, mas rápida
Foto: BBC News Brasil

O jornalista de tecnologia da BBC Rory Cellan-Jones resolveu pôr a ideia à prova e instalou um chip em sua mão. Ele conta que a experiência lhe rendeu uma dor semelhante à de uma injeção, mas rápida.

Potencial

Hannes Sjoblad, que está levando a cabo o projeto no edifício sueco, incluiu até seu cartão de visitas em seu chip subcutâneo.

"Já interagimos o tempo todo com a tecnologia", ele disse. "Hoje é meio confuso – precisamos de senhas e códigos. Não seria mais fácil se usássemos apenas o toque das mãos? É bastante intuitivo."

Mas, ao testar o chip, Cellan-Jones descobriu que ele não é tão intuitivo assim. Para fazer a máquina de fotocópias funcionar, ele teve de contorcer sua mão. E muitos colegas de Sjoblad têm dúvidas quanto a aderir à novidade.

Hannes Sjoblad acha que o objetivo, no fundo, é preparar as pessoas para quando empresas e governos decidirem impor chips à população
Hannes Sjoblad acha que o objetivo, no fundo, é preparar as pessoas para quando empresas e governos decidirem impor chips à população
Foto: BBC News Brasil

"De forma nenhuma", disse um jovem funcionário, questionado se tinha planos de implantar um chip na mão. Outra funcionária vê potencial na tecnologia, mas acha que não faz muito sentido usá-la apenas para abrir portas e ligar equipamentos.

Mas Hannes Sjoblad acha que o objetivo, no fundo, é maior que isso: preparar as pessoas para quando empresas e governos decidirem impor chips à população.

"Queremos entender essa tecnologia antes que eles venham e digam que todos devemos ganhar um chip – a Receita Federal, o Google ou o Facebook", defende.

Para evitar furtos mercados instalam chip em peças de carne:

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