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Equipe de McAfee perde contato e recebe ligação sobre prisão

3 dez 2012 - 10h27
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A equipe de mídia de John McAfee, criador da empresa que produz o antivírus que leva seu sobrenome, afirmou nesta segunda-feira no blog oficial que não consegue contato com o empresário desde sexta-feira. Além disso, o post menciona uma ligação anônima que diz que McAfee foi preso na fronteira com o México. O programador é suspeito do assassinato de seu vizinho em Belize - país entre o México e a Guatemala, no Caribe - e foge das autoridades desde 14 de novembro.

Fundador da empresa de segurança digital que leva seu nome, McAfee acredita que será torturado para confessar o crime, e que se for preso acabará morto na prisão ou antes mesmo de ser formalmente acusado
Fundador da empresa de segurança digital que leva seu nome, McAfee acredita que será torturado para confessar o crime, e que se for preso acabará morto na prisão ou antes mesmo de ser formalmente acusado
Foto: Reuters

De acordo com o post do whoismcafee.com, assinado por um porta-voz oficial do americano, após uma série de entrevistas ocorridas no dia 30 o empresário deixou de entrar em contato com a equipe. "Logo depois de perder contato com McAfee, recebemos uma mensagem de voz de uma chamada anônima. Na mensagem, o cavalheiro dizia: 'John foi capturado cruzando a fronteira com o México'.", relata o blog.

Como não consegue contato com McAfee, a equipe não confirma nem nega as informações recebidas pela ligação. A chamada também não pode ser retornada, uma vez que a pessoa usou um bloqueador de número.

"Estamos muito preocupados com a segurança e o bem estar de McAfee", diz o texto. Na sequência, afirma que a equipe aguarda informações dos governos de Belize ou do México.

Entenda o caso

John McAfee é o principal suspeito do assassinato do expatriado americano Gregory Faull, seu vizinho em San Pedro, Belize, país da costa nordeste da América Central, ao lado do México e da Guatemala. Faull foi encontrado morto com um tiro na cabeça na noite do dia 10 de novembro em sua casa. A polícia procurou McAfee no domingo (11) para interrogatório, mas ele se enterrou em um buraco na areia da praia, de onde observou a movimentação policial por 18 horas, e escapou dos agentes.

Para continuar fugindo da polícia, McAfee também pintou o cabelo. Ele permanece escondido. De acordo com o jornal El País, o milionário anda armado como um mercenário em Belize. Desde que iniciou sua fuga, McAfee acusou ex-funcionários de planejarem incriminá-lo e matá-lo e, numa entrevista, negou ser paranoico.

Segundo McAfee, que vem relatando sua fuga em um blog, ele está 'na mira' das autoridades desde que se negou a fazer uma contribuição a um político local. Em abril deste ano, ele teve sua casa em Belize invadida por policiais, que encontraram um laboratório de química, US$ 20 mil e um estoque de armas de fogo. McAfee chegou a oferecer US$ 25 mil como recompensa para quem provar sua inocência. Em 2010, McAfee vendeu para a Intel a empresa que criou em 1980. Desde então, não tem mais participação na companhia, que ainda leva seu nome.

Fonte: Terra
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