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Hackers da LulzSec estão na vanguarda do cibercrime, diz promotor

15 mai 2013 - 16h07
(atualizado em 16/5/2013 às 13h43)
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Quatro hackers britânicos que participaram de ataques digitais contra alvos que foram desde a CIA à Sony são audaciosos, arrogantes e motivados por desejo de "diversão anárquica", afirmou um promotor em um tribunal de Londres nesta quarta-feira. Os homens, que admitiram responsabilidade por uma série de crimes, são membros do coletivo de hackers LulzSec que causou milhões de dólares em prejuízos a redes de computadores de empresas e governos.

"Eles estão na vanguarda de um emergente e contemporâneo tipo de crime internacional conhecido como cibercrime", afirmou o promotor Sandip Patel a um tribunal em Londres, no início da audiência para sentença do grupo. Entre outros ataques, os homens invadiram computadores do Pentágono, derrubaram um site da CIA e roubaram e publicaram milhões de itens de dados privados como senhas e nomes de usuário de companhias incluindo Fox e Sony.

"Os membros da LulzSec se consideram como piratas dos últimos dias", disse Patel. Entre os feitos do grupo está invadir o sistema de computadores da News International para publicar uma história falsa de que o controlador da companhia, Rupert Murdoch, havia cometido suicídio.

Ryan Cleary, 21, cujo nome online é ViraL, criou uma rede de computadores zumbis (botnet) formada por 100 mil PCs. Ele forneceu acesso a essa rede ilegal de máquinas a outros hackers que então passaram a ter meios para tirar sites do ar por meio ataques de tipo excesso de requisições.

Cleary admitiu culpa em seis acusações relacionadas a uso indevido de computadores. Ele tem a síndrome de Asperger e se tornou obcecado por computadores na infância. Ele passou a adolescência sozinho em seu quarto sem a companha de amigos, afirmou o advogado John Cooper ao tribunal.

Além de Cleary foram acusados também Ryan Ackroyd, 26; Mustafa Al-Bassam, 18, e Jake Davis, 20, conhecidos como Kayla, tFlow e Topiary, respectivamente. O suposto líder da LulzSec foi Hector Xavier Monsegur, que mora nos Estados Unidos e era conhecido como "Sabu". Ele foi preso em junho de 2011, mas concordou em cooperar, mantendo sua identidade online por um tempo ao ajudar a levar o FBI a outros membros do grupo.

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