Apple perde ação e pagará US$ 368 milhões por infringir patente
7 nov2012 - 11h41
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A Apple terá de pagar US$ 368,2 milhões à VirnetX, empresa americana do estado de Nevada, após perder um processo em uma corte do Texas. A companhia acusava a Maçã de usar tecnologias de rede patenteadas em aparelhos como iPhone e iPad, além de em programas como o de vídeo-chamadas FaceTime, segundo o 9to5mac.
A VirnetX pedia US$ 900 milhões em indenização. Em 2010, a empresa já conseguiu US$ 105,75 milhões da Microsoft, e atualmente, além da Apple, processa Cisco e Avaya - todos os casos em processos similares.
Também ontem, a Apple argumentou com um juiz de São José, na Califórnia, sobre a inclusão do sistema operacional Android Jelly Bean - a versão mais atual do SO do Google - no processo já em curso contra a Samsung. Segundo o advogado da companhia de Cupertino, Andrew Liao, o único smartphone com a versão 4.1 que a empresa quer acrescentar na ação é o Galaxy Nexus. A Maçã pede a inclusão, ainda, de 17 aparelhos compatíveis com a caneta stylus, mesmo quando ela não vem de fábrica, segundo a Bloomberg.
A Samsung, por sua vez, se opõe à inclusão dos gadgets que usam a caneta. "A Apple vai aumentar o processo significativamente", afirmou a advogada da empresa sul-coreana, Victoria Maroulis, à agência. Segundo a jurista, a fabricante da linha Galaxy de smartphones e tablets só quer incluir na ação o iPhone 5.
Pornômetro - A Microsoft registrou em 2004 a patente de um gadget que deixa a pornografia disponível ao usuário a qualquer momento, em qualquer circunstância. A política da Apple de não permitir aplicativos eróticos (embora o Android, da foto, permita) é, antes de uma atitude moralista, uma tentativa de evitar pagar licença de uso a Redmond. A Microsoft argumenta que a habilidade de acessar conteúdos eróticos com um ícone no iPhone se enquadra na patente
Foto: Divulgação
No meio da guerra de patentes em que participam Google, Apple, Samsung, Microsoft e Yahoo!, entre outras companhias, muito se diz sobre as brigas judiciais, e pouco se sabe sobre o que dizem as patentes em questão. Levando em conta que um smartphone ou tablet necessita de até quatro mil patentes para existir, a Wired pesquisou tecnologias registradas pelas gigantes que fazem a diferença para a produção de gadgets atuais - e elas são tão "malucas" quanto se possa imaginar
Foto: AP/Divulgação/ / AFP
Aparato para evitar falar com estranhos em meios de transporte - A Apple registrou em 1998 a patente de criação de um dispositivo com "ao menos 600 maneiras de ouvir Creedence" e "acesso constante e sempre disponível a regravações de Buffy, a caça-vampiros", além de "jogos em que você mata porcos". Com esse gadget e fones de ouvidos, segundo a Apple, usuários poderiam evitar conversas com pessoas no ônibus, no trem ou no avião
Foto: AFP
Tela com retenção de impressão digital para dispositivos sensíveis ao toque - Em 2005, Steve Jobs e Apple estavam para lançar um dispositivo que, nas palavras do ex-CEO, "permitiria às pessoas de todo o mundo se comunicarem, conectarem e deixar manchas gordurosas em todo o seu gadget 'lindo' de US$ 600". Foi neste ano que o Google registrou uma patente para uma tela sensível ao toque que reteria um número nunca visto de diferentes óleos corporais humanos
Foto: AP
Dispositivo para suicídio com carro - A Samsung comprou da The Hemlock Society, em 2003, uma patente com termos vagos de "um dispositivo desenhado para induzir os motoristas a tirar os olhos da estrada por até um minuto, várias vezes por hora, aumentando as chances de morrer na hora em um acidente de carro". Críticos dizem que a patente dá margem a incluir tocadores de DVD, smartphones, tablets e até criancinhas, mas até agora as cortes se recusaram a declarar a patente inv
Foto: AFP
Método para consumir toda a bateria de uma única vez - A Motorola registrou em 2004 uma patente que descreve um software para que a bateria de um dispositivo leve muitas horas para atingir metade da carga, e depois baixe de 50% cheia para apenas 10% "em, digamos, meia hora, sem que se esteja assistindo filmes nem nada". Essa funcionalidade, segundo a Wired, é necessária para praticamente qualquer dispositivo com tela sensível ao toque