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Começa a produção em larga escala de displays flexíveis

19 set 2012 - 07h58
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Todos os usuários que já passaram pela experiência de quebrar a tela do smartphone poderão, em breve, respirar aliviados caso isso torne a acontecer. Embora venha sendo desenvolvida há pelo menos quatro anos, somente agora a tecnologia dos displays flexíveis tem previsões de chegar ao mercado. Mesmo quem nunca levou o susto de derrubar o aparelho touchscreen pode ficar atento às novidades, que, além de inquebráveis, também prometem telas mais finas, leves e de maior resolução.

Em desenvolvimento há quatro anos, os displays flexíveis estarão disponíveis aos consumidores em breve
Em desenvolvimento há quatro anos, os displays flexíveis estarão disponíveis aos consumidores em breve
Foto: Shutterstock

O grande diferencial da nova tecnologia é a substituição das camadas de vidro das telas LCD e OLED por camadas de filme ou plástico com menos de um milímetro de espessura, o que rende aos displays flexibilidade e resistência a quedas e arranhões. Um dos eventos onde a tecnologia atraiu maior atenção do público foi o Nokia Future World, exposição ocorrida em outubro do ano passado, quando a marca finlandesa apresentou seu próprio aparelho conceito, o Nokia Kinect. O dispositivo de interface simples é feito inteiramente de plástico, e isso inclui a tela de AMOLED, mais brilhante e fluída que as comuns.

Para rolar a lista de músicas e aumentar o volume, o usuário "torce" o aparelho para os lados, e para dar zoom nas fotos, dobra o dispositivo para frente, de encontro ao corpo. Uma das vantagens da mínima interação touchscreen do Nokia Kinect é a possibilidade de manusear o aparelho com as mãos em condições que não seriam detectadas pelo sensor, como quando estão molhadas ou vestindo luvas, por exemplo. Porém, o dispositivo permanece como um protótipo demonstrativo e não tem previsão de ser comercializado.

Por enquanto, a tecnologia dos displays flexíveis deve chegar primeiro ao mercado dos e-books: em março, a LG anunciou o início da produção em larga escala do primeiro papel eletrônico do mundo, que pode ser dobrado em até 40 graus a partir do centro da "folha", de 15 centímetros de altura e resolução de 1024 x 768 pixels. Ainda não foi noticiada a chegada do e-paper às lojas, mas estima-se que a comercialização deve iniciar em breve.

Investimentos

Quem também vem investindo pesado na tecnologia flex é a concorrente Samsung, que pretende tornar os dispositivos flexíveis disponíveis aos consumidores em 2014. Assim como a Sony, que demonstrou um protótipo de e-paper fabricado pela empresa E-Ink na SID Conference em 2010, a marca sul-coreana foi uma das pioneiras no desenvolvimento dos displays flexíveis e já patenteou sua tela AMOLED flexível, batizada YOUM. Aparentemente, a implantação da novidade deve começar aos poucos: de acordo com publicações coreanas, as primeiras unidades do produto ainda devem ser cobertas com vidro, e embora sejam de fato mais leves e finas que as atuais, não serão exatamente flexíveis.

Outra expectativa é a respeito da aquisição da empresa holandesa Liquavista pela Samsung, o que pode significar a presença nos displays flexíveis da técnica do electrowetting, que permite a apresentação de imagens em alta definição com baixo consumo de bateria.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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