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Computação em nuvem deve gerar 13 milhões de vagas até 2015

11 out 2012 - 08h09
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A computação em nuvem será capaz de gerar 13,8 milhões de empregos no mundo até 2015. Essa é a projeção do estudo encomendado pela Microsoft ao instituto de pesquisas IDC e publicado este ano. O Brasil aparece em quinto lugar, com um crescimento anual de 67,5% no número de vagas. Na visão de analistas, o cenário estimado pelo IDC acompanha a tendência de expansão do mercado de Tecnologia da Informação (TI).

No Brasil, a pesquisa aponta um crescimento de 67,5% ao ano, totalizando quase 415 mil novas vagas em 2015
No Brasil, a pesquisa aponta um crescimento de 67,5% ao ano, totalizando quase 415 mil novas vagas em 2015
Foto: Shutterstock

O primeiro colocado no ranking de criação de empregos na área de computação em nuvem é a China, onde surgirão 4,6 millhões de novos postos de trabalho até 2015. Índia, Estados Unidos e Indonésia dão sequência ao ranking dos que mais abrirão oportunidades no setor. Em quinto lugar, o Brasil deve fechar 2012 com 85 mil empregos, caminhando para um crescimento de 386% até atingir a projeção de quase 415 mil novas vagas daqui três anos. Caso o cenário se confirme, a computação em nuvem responderá por 0,37% da força de trabalho no País - um número importante, conforme o economista Felipe Silveira Marques. Ele estima que o segmento de TI acumule 1% desse índice, com base na população economicamente ativa - o que mostra que o cloud computing poderia ocupar um terço dessa projeção.

Apesar do otimismo do estudo do IDC, o economista Luis Otávio Reiff ressalva que os números devem ser encarados como uma avaliação preliminar. "A tendência é importante, mas talvez não aconteça nessa velocidade", opina. Marques também afirma que o crescimento anual real pode se mostrar menor do que a estimativa de 67,5% anuais do instituto. "Apostaria em um índice de 10% ao ano", comenta. Um dos freios para essa expansão seriam limitações relacionadas à mão de obra qualificada - que algumas empresas vêm solucionando com treinamento próprio -, além de barreiras encontradas nas próprias empresas na hora de aderir a novas tecnologias. "Alguns tendem a resistir à mudança, veem como perda de emprego", avalia Reiff.

Oportunidade em empresas de médio porte

A pesquisa aponta as telecomunicações, os bancos e as indústrias como as áreas que mais absorverão esses profissionais, que serão principalmente engenheiros, analistas de TI e desenvolvedores de software. Do total de vagas, 7,5 milhões devem surgir, conforme o estudo, em empresas com menos de 500 empregados. Para Reiff, as grandes empresas apresentam um crescimento mais lento em relação às de médio porte. Nestas, ele acredita que a adoção da computação em nuvem será muito maior em termos percentuais, por serem capazes de se ajustar com mais agilidade ao novo modelo de serviços.

Outro aspecto do mercado de TI e que deve refletir também na parte de computação em nuvem, segundo os economistas, é a descentralização dos profissionais. A terceirização do serviço nesses setores é grande, o que pode reduzir custos e abrir espaços para que novas empresas entrem no mercado. Reiff destaca também a valorização do profissional recém-formado. "O Brasil tem grandes chances nessa área. É importante que haja oferta de mão de obra", salienta.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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