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Saiba mais sobre os maiores data centers do mundo

12 out 2012 - 07h49
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Cada vez mais, a utilização da nuvem para armazenar arquivos tem ajudado os usuários a poupar espaço em seus computadores, HDs externos e pen drives. Ao utilizar serviços de como o DropBox, o Amazon Web Service ou o SkyDrive, a sensação é de que a quantidade de bytes poupada no HD simplesmente desaparece no ar. Mas de etéreo e imaterial, a nuvem só tem o nome - o processo de

Os data centers precisam de monitoramento constante
Os data centers precisam de monitoramento constante
Foto: Shutterstock
cloud computing

necessita, sim, de espaço físico. Muito espaço. Um dos maiores, o Lakeside Technology Center, na cidade de Chicago, tem mais de 100 mil metros quadrados.

Os data centers (DC) são a morada física dos arquivos que o usuário desses serviços envia para a nuvem, abrigando servidores e outros componentes de um sistema de armazenamento de dados. Pela sua importância, a segurança desses prédios é fundamental, e algumas empresas levam a questão muito a sério: a Google, por exemplo, não revela o local nem o tamanho dos edifícios onde armazena seus dados.

"A segurança é o fator principal em um data center", afirma Victor Arnaud, diretor de marketing, processo, tecnologia e RH da ALOG, empresa brasileira que oferece serviço de cloud computing para empresas. "O servidor é o cofre do cliente, é de lá que ele faz as suas transações, seus negócios". Arnaud explica que as duas grandes preocupações que envolvem a infraestrutura de um DC são o acesso à energia e à conectividade. Como os servidores precisam permanecer ligados e conectados 24 horas por dia, o consumo de energia elétrica é indispensável. Os três data centers da ALOG, por exemplo, possuem um sistema de geradores caso a distruibuição de energia elétrica da concessionária falhe.

"É preciso haver um monitoramento de 24 horas, com pessoas sempre preparadas para agir", o diretor afirma. Os dados estão protegidos também contra incêndios: os DCs da ALOG têm um sistema que detecta a combustão quando ela está prestes a ocorrer, inciando um processo de contenção do fogo. "Quem armazena seus dados em um sistema como esse está buscando tranquilidade e proteção", garante Arnaud.

Grandes data centers geram a própria energia

Com dimensões na ordem dos mil metros quadrados e servidores ligados 24 horas por dia, o consumo de energia dos data centers é alto. A Microsoft começou a construir o seu primeiro DC em 2007, após anos utilizando serviços terceirizados. O resultado foi um prédio de mais de 43 mil metros quadrados na pequena cidade de Quincy, no estado de Washington, Estados Unidos. O data center funciona a partir da energia gerada por uma barragem no rio Columbia, próximo à construção. Um ano depois, a Microsoft construiu outro DC na cidade de San Antonio, que utiliza um sistema de água reciclada para abastecer o uso de mais de 30 milhões de litros de água por mês.

A Microsoft também tem data centers para além das terras americanas: o Dublin Data Center, na Irlanda, tem mais de 50 mil metros quadrados e está em operação desde 2009, servindo principalmente usuários da Europa, do Oriente Médio e da África. Com design inovador, o prédio se aproveita das baixas temperaturas da região para refrigerar os ambientes. A tubulação de ar traz o ar frio da rua para dentro das salas onde se localizam os servidores, e expulsa o ar quente para fora. Quando está frio demais, o sistema consegue misturar o ar quente e frio para chegar à temperatura ideal para os servidores - aproximadamente 23°C.

A empresa de Bill Gates possui apenas alguns dos vários data centers que tem sistema elétrico próprio. O Phonix One, em Phoenix, no estado americano do Arizona, energiza seus quase 50 mil metros quadrados com o auxílio de um teto com painéis de energia solar, que geram até 4.5 megawatts para o prédio. Já o enorme QTS Data Center, em Atlanta, tem sua própria estação da empresa de energia elétrica Georgia Power, que fornece 80 megawatts para o prédio. A construção conta também com 19 geradores a diesel para ajudar no abastecimento elétrico dos mais de 90 mil metros quadrados.

O gigante Lakeside Technology Center, em Chicago, pertence à empresa Digital Realty Trust e tem mais de 100 mil metros quadrados. A infraestrutura possui um sistema elétrico interno que providencia 100 megawatts ao prédio. Além disso, o data center é hoje o segundo maior cliente da companhia elétrica Commonwealth Edison, que fornece energia para o estado de Ilinois, perdendo apenas para o aeroporto O'Hare, em Chicago.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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