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Financiamento coletivo: Kickstarter expande para Inglaterra

10 dez 2012 - 07h47
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Uma ideia criativa sem orçamento para ser executada pode esmoecer e ficar só no papel. Para não deixar que isso aconteça, milhares de projetos têm buscado apoio financeiro em sites de financiamento coletivo. Pioneiro, o Kickstarter (na tradução livre, um "pontapé inicial") nasceu nos Estados Unidos em 2009 e, desde 31 de outubro de 2012, passou a aceitar projetos britânicos. Por meio da plataforma, usuários têm acesso ao material de diversos projetos cadastrados e podem decidir para quem e quanto vão doar. Em pouco mais de três anos, o Kickstarter já alavancou mais de 33 mil iniciativas com US$ 364 milhões doados por quase 3 milhões de pessoas do mundo todo.

Por meio de um site, apoiadores podem conferir detalhes das propostas e fazer doações em dinheiro
Por meio de um site, apoiadores podem conferir detalhes das propostas e fazer doações em dinheiro
Foto: Reprodução

Operando em um escritório em Nova York, a plataforma abre espaço para ideias envolvendo arte, música, dança, design, moda, cinema, gastronomia, jogos, fotografia, publicações, tecnologia e teatro. Até hoje, 44% dos projetos conseguiram arrecadar a meta pretendida e foram executados com sucesso - um exemplo é a câmera portátil Memoto, que faz registros espontâneos a cada 30 segundos enquanto fixada na roupa do usuário.

Entre os projetos que mais arrecadaram, o console Ouya, desenvolvido para TVs em HD e com sistema Android, levantou mais de US$ 8,5 milhões. Recordista no Kickstarter, a iniciativa recebeu o primeiro milhão em 8 horas e 22 minutos após o lançamento na plataforma - ao fim do primeiro dia, as doações já superavam US$ 2,5 milhões.

Após julgar se uma ideia é merecedora ou não, o doador pode selecionar a opção "apoiar esse projeto", definindo a quantia a ser destinada. Ao dar esse sinal, é feita uma promessa de financiamento. Quando outras pessoas repetem o ato e a meta é atigida, os cartões de crédito são finalmente cobrados, e o projeto ganha seus primeiros contornos. Do contrário, ninguém é descontado. É uma política de tudo ou nada, como definem os idealizadores da plataforma. Do total arrecadado pela proposta, uma taxa é recolhida pelo Kickstarter, acrescida do valor cobrado por quem processa os pagamentos.

Plataforma inspirou brasileiros

A ideia é que os próprios apoiadores ajudem na divulgação do projeto e angariem mais doações - os criadores podem apostar na motivação deles em ver a ideia concretizada, mas também se costuma oferecer recompensas, como uma cópia do trabalho desenvolvido (um álbum de uma banda, um livro, etc.). Ainda assim, os apoiadores não detêm direito sobre a obra (os criadores são 100% donos do trabalho) e não devem esperar lucro a partir da fundação do projeto.

A exigência na hora de submeter um projeto ao Kickstarter é de que ele tenha um objetivo claro e resulte em um produto final - um álbum, um livro, uma obra de arte. O site inspirou o Catarse, plataforma brasileira em funcionamento desde janeiro de 2011 e que já arrecadou mais de R$ 5 milhões. O critério desta curadoria está em aprovar "projetos bacanas", nas palavras dos seus fundadores. O Catarse exige que o criador da ideia ofereça uma recompensa aos doadores.

Tanto a iniciativa norte-americana quanto a brasileira não aceitam pedidos para caridade, diferentemente de outro site daqui, o Vakinha. Neste, não há curadoria por parte dos organizadores - você pode pedir dinheiro para comprar um presente para um amigo, por exemplo. O julgamento fica a cargo dos doadores. No País, existem ainda sites de financiamento coletivo para fins específicos, como o Queremos, que nasceu focado exclusivamente na realização de shows internacionais no Rio de Janeiro, e o Traga Seu Show, dedicado a projetos musicais.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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