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Resolução 4K: por que ela está ficando cada vez mais comum?

De olho no mercado tecnológico, fabricantes apostam em modelos de TV de alta definição

10 out 2014 - 08h01
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<p>Nas TVs 4K, não importa a distância que o usuário esteja da televisão</p>
Nas TVs 4K, não importa a distância que o usuário esteja da televisão
Foto: iStock

Ao comprar uma televisão, uma das principais características que o consumidor observa é a resolução da tela – número de pontos que formam as imagens. É ela um dos principais indicadores da qualidade da imagem exibida. Diante disso, diversos fabricantes estão investindo cada vez mais em TVs com resolução Ultra HD, ou 4K.

Diferentemente dos aparelhos com resolução Full HD, que possuem 1.920 x 1.080 pixels, as TVs 4K apresentam 3.840 x 2.160 pixels, quase quatro vezes o Full HD. “Nós percebemos a diferença entre as resoluções em televisores grandes”, explica Marcelo Parada, professor de Engenharia Elétrica do Centro Universitário da FEI. “Todas as TVs Full HD, independentemente do tamanho da tela, terão o mesmo número de pontos. Então, quanto maior o tamanho da televisão, maior será o tamanho dos pontos e mais perceptíveis. Por isso surgiu a resolução 4K, para essas telas grandes, para que o ponto diminuísse.”

Porém, a falta de transmissão para este tipo de resolução e os altos preços assustam os consumidores. Entenda se vale a pena ou não investir no Ultra HD.

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Qualidade na imagem

Para as TVs de tela grande, a principal vantagem é reduzir o tamanho do ponto para dar uma sensação de imagem real do olho humano. A quantidade de pixels na tela é tão grande que fica difícil notar qualquer imperfeição na imagem.

Outro ponto positivo do 4K é a distância que o usuário precisa estar da televisão. “Em telas muito grandes, como 85 polegadas, por exemplo, o ponto do Full HD já começa a ser percebido se o usuário estiver próximo do aparelho”, comenta Parada. No caso do Ultra HD, mesmo que o espectador estiver perto da TV, ele não notará os pontos.

Conteúdo disponível

A oferta de conteúdo no 4K ainda é limitada. Durante a Copa do Mundo foram realizados os primeiros testes no Brasil nessa resolução, mas as imagens não foram transmitidas para as residências. Por outro lado, a Netflix, por exemplo, já possui conteúdo 4K por meio de streaming, inclusive no Brasil.

“Estão sendo criados novos sistemas de transmissão para TV a cabo e satélite que vão possibilitar a transmissão de conteúdo 4K”, explica Parada. Alguns fabricantes de receptores para operadoras de TV já possuem tecnologias que suportam o 4K. “Porém, ainda não há previsão de começar a venda”, completa.

Se existe expectativa para a chegada do 4K nas TVs a cabo e a satélite, o mesmo não acontece para a transmissão terrestre – canais abertos transmitidos pelo ar. “Para isso ainda não existe previsão nem no Brasil, nem no mundo”, comenta o professor da FEI.

Embora o Ultra HD seja uma ótima opção para quem vai comprar uma TV gigante, o usuário nem sempre conseguirá aproveitar no momento o máximo da resolução. Caso o preço diminua, o ideal é investir nos televisores para aproveitar bem essa tecnologia nos próximos anos.

Captura de imagens

Além dos televisores, as câmeras e filmadoras também se adaptaram para a nova tecnologia. Porém o professor alerta: “se você tem uma câmera 4K e vai reproduzir essa imagem em uma TV Full HD, por exemplo, você não vai ver diferença nenhuma”. O ideal é filmar na resolução igual àquela da reprodução do conteúdo.

Futuro

A onda das grandes resoluções não pretende parar no 4K. No Japão, já são testados televisores 8K, também conhecidos como 4320p. “Nas transmissões via internet, como é o caso do Netflix, a TV 8K é viável, pois na internet você não tem problema de espaço, conseguindo transmitir vídeos com resoluções maiores”, diz Parada.

Fonte: Cross Content
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