Android, busca e Google Plus: CEO do Google faz balanço da gestão
5 abr2012 - 18h38
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O CEO e cofundador do Google, Larry Page, divulgou nesta quinta-feira uma longa carta na página de relações com investidores em que divulga números e informações da companhia. Na quarta-feira, Page completou um ano no comando da empresa que fundou ao lado de Sergey Brin. No texto, o executivo afirmou que começou a reorganizar a companhia em abril do ano passado, fechando mais de 30 produtos e dando à busca do Google "uma aparência mais limpa, mais consistente e bonita".
"Desde que me tornei CEO novamente, eu pressionei para aumentar a nossa velocidade, melhorar nosso desempenho e concentrar nas grandes apostas que vão fazer a diferença no mundo. Google é uma empresa grande agora, mas vamos conseguir mais, evamos fazer isso mais rápido se nós encaramos a vida com a paixão e a alma de uma start-up", afirma o executivo no texto.
Page afirmou que o Google+ tem mais de 100 milhões de usuários ativos e é muito mais que uma rede social. "Google+ torna o compartilhamento super fácil, criando uma camada social em todos os nossos produtos para que os usuários se conectem com as pessoas que são importantes para eles", escreveu. Para o executivo, a rede social vai ser responsável por uma "nova geração de pesquisa", pois permitirá "que o Google entender as pessoas e suas conexões".
O executivo também afirmou que o Android tem mais de 850 mil ativações diárias através de 55 fabricantes, e que o sistema operacional móvel da companhia continuará aberto, mesmo depois da compra da Motorola Mobility. "É importante reiterar que a abertura e o investimento de muitos parceiros de hardware têm contribuído para o sucesso do Android. Então, nós estamos ansiosos para trabalhar com todos eles no futuro para oferecer experiências de usuário excelentes. Android foi construído como um ecossistema aberto, e não temos planos para mudar isso", escreveu, após citar a compra da empresa de hardware.
Page falou ainda sobre o pensamento de longo prazo da companhia, citando produtos que muita gente taxava como "malucos" e que hoje são indispensáveis para a maioria dos usuários. "Em 2008, as pessoas perguntavam se o mundo realmente precisava de um outro navegador. Hoje o Chrome tem mais de 200 milhões de usuários e está crescendo rapidamente", disse.
outro sucesso da companhia, o Gmail, alcançou a marca de 350 milhões de usuários, segundo o CEO do Google, e tem 5 mil novas empresas aderindo ao sistema de email diariamente. O YouTube, comprado pelo Google em 2006, hoje conta com mais de 800 milhões de usuários e recebe mais de uma hora de vídeo por segundo., afirmou.
Fim do Google Labs - Em julho do ano passado, o Google anunciou o abandono do Labs, projeto que reunia produtos em fase inicial para que os usuários testassem novas ferramentas criadas pelos engenheiros da empresa. Em seu blog oficial, a companhia afirmou que o encerramento da plataforma fazia parte da estratégia de priorizar esforços em produtos realmente importantes. Google Maps, Google Reader e Google Docs são apenas alguns exemplos de produtos que surgiram no Labs
Foto: Reprodução
Fechamento de produtos - O Google anunciou o fim de dezenas de produtos durante o último ano. Serviços como o Buzz, tentativa da empresa de integrar redes sociais dentro do Gmail, e o Wave, que prometia ser o fim do email, foram alguns deles. As justificativas, segundo os comunicados da companhia, é que o Google buscava "construir grandes produtos que realmente mudam a vida das pessoas", "criação de produtos de maior impacto" ou "construir uma experiência mais simples, intuitiva e bnita"
Foto: Reprodução
Google+ - Após as tentativas frustradas de sucesso global nas redes sociais com Wave e Buzz, foi na gestão de Larry Page que surgiu o Google+. Lançado quase que em segredo em julho de 2011 e tentanto ingressar no mercado liderado pelo Facebook, a rede social ainda não emplacou. Passada a euforia inicial, foram poucos os usuários que permaneceram na rede
Foto: AFP
Google social - Com a chegada do Google+, a companhia investiu forte na tentativa de se tornar mais social, o que atingiu até mesmo seu principal produto: o buscador. Uma mudança no logaritmo mostra, além de resultados de busca públicos na web, conteúdos postados e compartilhados por amigos ou direcionados apenas ao usuário no Google+. A medida causou polêmicas, e críticas públicas por parte do Twitter e ex-funcionários da empresa
Foto: Divulgação
O cofundador do Google Larry Page assumiu o cargo de CEO da companhia em 4 de abril do ano passado. Com o objetivo de alavancar produtos inovadores, veja fatos que marcaram os primeiros 12 meses da gestão Page
Foto: AFP
Compra da Motorola - Em agosto, o Google anunciou a compra da Motorola Mobility, divisão responsável pelos dispositivos móveis da Motorola, por cerca de US$ 12,5 bilhões. Em postagem no blog da companhia, Page afirmou que o negócio foi motivado pelo enorme sucesso do Android. A compra foi anunciada em um momento que o sistema móvel da companhia estava sendo atacado por empresas como Microsoft e Apple por questões de patente
Foto: Reuters
Mudança na política de privacidade - Anunciada em janeiro deste ano e posta em prática em 1º de março, a mudança na política de privacidade da companhia gerou polêmica, e o Google teve de que dar explicações sobre as novas regras no Brasil, EUA e Europa