O grupo hacker Anonymous, responsável por inúmeros ataques a sites de grandes empresas e autoridades, lançou a sua própria rede social, em anúncio feito em post no Twitter. Um dos alegados motivos para a criação da rede é um protesto à exclusão de perfis de integrantes do grupo no Google+. Por isso, a nova rede foi batizada de Anon+.
O site ainda está em desenvolvimento, mas explica os objetivos da criação da rede e algumas ideias do grupo Anonymous. "A rede social é essencialmente o painel dos ativistas", diz uma frase na página de apresentação da rede (anonplus.infiniteserve.com).
De acordo com o Anonymous, o Anon+ permitirá "um intercâmbio através de moeda alternativa, sem alimentar aquelas empresas que desejam estrangular o salário do cidadão comum, sem uma consciência". A promessa do grupo é desenvolver um "sistema de trocas" por meio do site, onde as pessoas poderiam gerar sua própria renda via energia eólica, solar e geotérmica, sem revelar especificamente como funcionará o sistema. No entanto, a moeda referida é a BitCoin (unidade monetária exclusivamente da internet sem mediação de Banco Central ou outra autoridade).
O site do projeto protesta generalizadamente contra os governos e redes sociais convencionais como o Google+. Também promete promover uma alternativa com a rede social, citando mais de uma vez que o ambiente é livre de custo e de censura. "É um ambiente formatado para 'ciberanarquia' onde as pessoas manterão a paz por meio do entendimento, e não pela força ou ameaça", afirma.
A rede social teria sido criada em apenas 13 dias e elaborada a partir das casas dos hackers. Ela terá fórum de discussão, plataforma para chats, mecanismo para compartilhamento de documentos e veiculação de informações e notícias sobre hackers.
O Anonymous diz que não tem necessariamente uma "estrutura", mas se defende razoavelmente bem de ataques por conta do conhecimento de seus membros. O grupo ainda promete que a rede social atualizará as pessoas técnicamente sobre tecnologia. "Nós não estamos tentando voltar atrás com nada, mas criar nosso pedacinho na internet", afirmam os hackers.
Na capital de Minas Gerais, apenas 20 jovens aderiram ao movimento, no início da tarde, para pedir mais "liberdade de expressão"
Foto: José Guilherme Camargo / Especial para Terra
Em Belo Horizonte, uma passeata da comunidade espanhola para celebrar o dia da Nossa Senhora do Rocío ofuscou a manifestação dos hackers
Foto: José Guilherme Camargo / Especial para Terra
A passeata organizada pelos hackers do grupo LulzSec não conseguiu mobilizar um grande número de pessoas. Esta imagem é de Curitiba, onde a chuva forte frustrou a passeata
Foto: Roger Pereira / Especial para Terra
Em Curitiba, o protesto reuniu cerca de 40 pessoas nas escadarias do prédio histórico da Universidade Federal do Paraná, na praça Santos Andrade
Foto: Roger Pereira / Especial para Terra
Os manifestantes, embora poucos, também protestaram contra a corrupção dos políticos brasileiros
Foto: José Guilherme Camargo / Especial para Terra
Usando máscaras, os manifestantes criticaram os políticos e pediram mais liberdade. "Eles querem seu dinheiro, nós queremos liberdade", dizia um dos cartazes
Foto: Vinicius Costa/ Agência Freelancer / Especial para Terra
Em Porto Alegre, apesar da chuva e do frio, alguns manifestantes se reuniram no parque da Redenção
Foto: Vinicius Costa/ Agência Freelancer / Especial para Terra
A Brigada Militar esteve presente durante a manifestação em Porto Alegre
Foto: Vinicius Costa/ Agência Freelancer / Especial para Terra
Na capital gaúcha, a chuva e o frio intenso não impediram que alguns jovens se reunissem no parque da Redenção
Foto: Vinicius Costa/ Agência Freelancer / Especial para Terra
Apoiadores de hackers fazem passeata em São Paulo
Foto: Cris Faga / vc repórter
Manifestantes usaram máscaras durante o protesto
Foto: Cris Faga / vc repórter
Apoiadores de movimentos hacker levaram cartazes com frases de protesto
Foto: Cris Faga / vc repórter
Um dos cartazes dizia: "Mídia, fabricação do esquecimento"
Foto: Cris Faga / vc repórter
Manifestantes também pediram o fim da corrupção
Foto: Cris Faga / vc repórter
Prostesto que aconteceu na capital paulista teve tom político