Anonymous revela IP de frequentadores de sites de pedofilia
O grupo hacktivista Anonymous anunciou nessa quarta-feira ter publicado os endereços IP de 190 frequentadores de sites de pornografia infantil, seu esforço mais recente na luta para banir a pedofilia digital da internet. As informações são da agência Associated Press.
Nas últimas semanas, o grupo, que ficou famoso por atacar as operações de grandes companhias como a Sony na web, escolheu os sites pornôs e seus visitantes como alvos numa missão chamada "Operação Darknet".
Os alvos têm sido a Freedom Hosting, um servidor que o Anonymous acusa de hospedar mais de 40 sites de pornografia envolvendo crianças, e os visitantes destes sites que protegem suas identidades usando o Tor, um software que permite aos usuários navegar anonimamente pela internet.
No mês passado, os ativistas por trás da "Operação Darknet" deram um aviso à Freedom Hosting: "Nossas exigências são simples. Removam todo o conteúdo de pornografia infantil de seus servidores. Recusem-se a prover serviços de hospedagem a qualquer site que lide com pornografia envolvendo crianças." Na mensagem, alertavam ainda que o destinatário do aviso não era apenas a Freedom Hosting, mas "todos na internet". "Não importa quem você é, se nós o pegarmos hospedando, promovendo ou dando suporte à pornografia infantil, você será nosso alvo."
Quando a Freedom Hosting não removeu os sites, o grupo desfechou um ataque DDoS tirando temporariamente seus sistes do ar. E o grupo hacker disse ainda ter publicado informação sobre quase 1,6 mil visitantes desses sites, incluindo os frequentadores do "Lolita City" - segundo os atacantes, um dos maiores sites contendo este tipo de conteúdo.
De acordo com o Anonymous, "99%" dos usuários do Tor são jornalistas no Irã e na China, agentes de inteligência de governos travando uma guerra secreta com a Al-Qaeda e integrantes do Anonymous. Mas o grupo afirmou ter encontrado usuários do Tor em sites como o Lolita City e em um outro que, segundo os hackers, é dedicado ao estupro de menores.
"O propósito da 'Operação Darknet' era mostrar que um serviço como o Projeto Tor vem sendo arruinado pelo 1% de usuários que o utilizam para acessar pornografia infantil", afirmou o Anonymous em um post publicado nessa quarta-feira no site Pastebin.