Apagão da Wikipédia vira piada no Twitter e concorrentes aparecem
18 jan2012 - 15h56
(atualizado às 16h45)
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O apagão da Wikipédia como forma de protesto contra o projeto de lei antipirataria dos Estados Unidos, o Sopa (Stop Online Piracy Act, ou Lei para Parar com a Pirataria Online) fez muitos internautas se perguntarem onde pesquisar conteúdo numa época em que a internet substituiu as enciclopédias. "O que faço eu agora se não posso usar a Wikipédia?", é o que se questionaram usuários do portal ao perceber que os seus aproximados 3,8 milhões de artigos foram bloqueados durante 24 horas da versão em inglês do site.
Os internautas estão usando o Twitter para encontrar soluções para o apagão da enciclopédia virtual. A versão em inglês não foi bloqueada para celular, na sua versão simplificada e nem se o usuário retirar os conteúdos em Java Script do seu navegador. Se tudo isso falhar, a alternativa que mais se assemelha à Wikipédia é provavelmente a Enciclopédia Britânica. Atualizada diariamente por uma centena de editores e mais de quatro mil colaboradores, ela oferece artigos que podem ser lidos por 30 dias num período de teste ou mediante o pagamento de 25 centavos por dia.
Já o site Wolfram-Alpha não tem uma página tão prática quanto à Wikipédia, mas tem uma ferramenta de busca na qual é possível inserir o que se está pesquisando, que a web responde utilizando um algoritmo que descarta resultados e oferece os que estatisticamente considera mais acertados. Outra alternativa é entrar em algum grupo de discussão na internet entre pessoas que compartilhem algum interesse comum.
Os amantes do cinema podem acessar a página Internet Movie Data Base (IMDB), uma espécie de enciclopédia virtual sobre a sétima arte, que além de fornecer informações sobre os filmes permite aos usuários votarem em suas produções favoritas.
No Twitter, os usuários criaram a hashtag #factswithoutwikipedia (fatos sem Wikipédia), e brincam criando definições bizarras sobre pessoas e fatos, como por exemplo "Adolf Hitler foi campeão nacional de ioiô na sua juventude", ou "a velocidade da luz é menor durante a noite".
Para se conhecer as respostas para suas indagações, o internauta pode recorrer a uma solução menos tecnológica: ir a uma biblioteca. Embora fazer isso seja mais demorado do que um clique, pode continuar sendo realizado mesmo depois do apagão da Wikipédia.
Como prometido, versão em inglês da Wikipedia iniciou blecaute nesta quarta-feira
Foto: Reprodução
Na versão em português da Wikipedia, há um apelo contra os projetos do Congresso americano
Foto: Reprodução
O site de compartilhamento de notícias Reddit, que convocou o blecaute em protesto ao Sopa, aderiu ao apagão às 11h (horário de Brasília)
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Google não aderiu ao blecaute, mas mandou mensagem ao Congresso americano
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O link na página de buscas do Google para os Estados Unidos leva a um site especial para o dia do bloqueio com um gráfico mostrando quem já manifestou aos legisladores do país sua oposição aos projetos antipirataria
Foto: Reprodução
O músico brasileiro e ex-ministro da cultura Gilberto Gil aderiu à campanha e acrescentou a hashtag #SOPAblackoutBR com a explicação de que, apesar do projeto ser norte-americano, se for aprovado pode pressionar outros governos a criarem normas semelhantes
Foto: Reprodução
O Wordpress.org seguiu o movimento e está fora do ar. Na homepage, o site disponibiliza um vídeo sobre seu ponto de vista em relação ao Sopa e ao Pipa e forma de contato com os legisladores norte-americanos
Foto: Reprodução
Os cidadãos dos EUA que acessarem o Wordpress.org podem, por exemplo, ligar gratuitamente para o congressista em quem o votaram e tocar uma mensagem gravada pré-selecionada
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No Wordpress.org há possiblidade também de enviar um e-mail ao congresso, com um texto pré-definido em que o usuário demanda a seu representante que "vote 'não' ao Sopa"
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Usuários internacionais do Wordpress.org podem assinar uma petição online para se manifestarem contra os projetos de lei antipirataria
Foto: Reprodução
A Mozilla vestiu de preto a tela inicial do Google no navegador Firefox, e a logo do browser da raposa também ganhou uma tarja negra com os dizeres "parem a censura"
Foto: Reprodução
O TwitPic também vedou sua logomarca, colocando sobre ela o apelo "parem a censura"
Foto: Reprodução
O Flickr, rede social de compartilhamento de fotos, deu aos usuários a opção de "censurar" suas fotos e a de amigos. A mensagem na tela preta pode ser removida clicando no botão "ver a foto assim mesmo"
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O KnowYourMeme, base de memes com explicações e exemplos dos hits da web, abre uma mensagem de alerta ao usuário, que pode saber mais sobre o protesto
Foto: Reprodução
Na página que o KnowYourMeme criou para quem se interessa pelo apagão, imagem simula o aviso que poderia estar em sites bloqueados pelo Sopa: "esta imagem viola direitos do PL 3261, S. O. P. A., e foi removida"
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O site internacional da Campus Party traz em letras garrafais a inscrição "parem o Sopa", e na parte inferior da tela há, em letras menores, um link para o site da Mozilla sobre o projeto de lei
Foto: Reprodução
A revista de tecnologia Wired censurou a própria homepage com várias tarjas negras sobre as palavras, e inseriu um banner com os dizeres "Não censure a web". No canto inferior esquerdo é possível remover a "censura"
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O site de notícias Huffington Post também adotou o preto para expressar sua desaprovação ao Sopa e ao Pipa: um quadrado negro ocupa quase toda a página inicial antes da "dobra" (sem rolar a barra) e um link leva ao editorial sobre o assunto
Foto: Reprodução
No Twitter, a logo da rede de blogs foi pintada de preto, e muitos posts do microblog simulam censura com tarjas pretas sobre as palavras
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No site do Repórteres Sem Fronteiras usuário tem o controle de "tirar do escuro" a página que visita
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A ONG Repórteres Sem Fronteiras, que luta pela liberdade de imprensa, aderiu ao protesto transformando a página inicial de seu site em uma mensagem que só aparece com o passar do mouse
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A Electronic Frontier Foundation (EFF), grupo de defesa dos direitos civis na era digital, censurou a logo e inseriu um banner com os dizeres "Tome uma atitude! Diga ao congresso agora: parem com o projeto da lista negra!"
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O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) apoia a campanha com uma mensagem antes da abertura do site
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Site Mega Não, do movimento brasileiro contra a Lei Azeredo, aderiu ao blecaute e usa imagem semelhante à da página de Gilberto Gil
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Boing Boing tem homepage negra com mensagem em branco em que afirma que a legislação discutida no congresso norte-americano "com certeza nos mataria para sempre"
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No site que concentra as ações em protesto ao Sopa e ao Pipa, o sopatrike.com, há códigos prontos para quem quiser aderir ao protesto - acima, um dos modelos oferecidos
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O cineasta Michael moore também retirou do ar seu site na quarta-feira
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Site da Turma da Mônica fica fora do ar por 24 horas