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Assange: Wikileaks publicará 1 milhão de documentos em 2013

20 dez 2012 - 18h19
(atualizado às 18h48)
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O fundador do Wikileaks, Julian Assange, anunciou nesta quinta-feira que sua organização publicará em 2013 um milhão de novos documentos confidenciais relacionados com "todos os países do mundo". A revelação foi feita durante um discurso na embaixada do Equador em Londres, onde ele está refugiado há seis meses

Assange está refugiado na embaixada do Equador em Londres há seis meses
Assange está refugiado na embaixada do Equador em Londres há seis meses
Foto: Reuters

Assange falou durante 15 minutos na varanda do prédio diante de uma centena de pessoas e meios de comunicação de todo o mundo. Esta foi a segunda aparição do fundador do Wikileaks desde que se refugiou no edifício para evitar a extradição para a Suécia. Ele assegurou que seu trabalho não será "amedrontado" e que seguirá enfrentando os "acossadores" e, por isso, tem preparados mais de um milhão de documentos para publicar em 2013, que afetarão todos os países do mundo.

"As portas estão abertas e sempre estiveram para qualquer um que deseje usar os tramites adequados para falar comigo ou garantir-me uma saída segura", afirmou Assange. Neste sentido, o ex-jornalista australiano de 41 anos explicou que o Pentágono americano segue considerando sua organização como "criminosa" e o governo da Austrália "não defende o jornalismo e as publicações do Wikileaks", o que o faz continuar na embaixada do Equador.

"Há seis meses entrei neste edifício. Se tornou minha casa, meu escritório, meu refúgio. Graças ao governo do Equador e ao apoio de seus moradores", declarou Assange no que denominou seu "discurso do Natal". Ele apontou que, apesar de sua liberdade ser limitada, pode trabalhar e comunicar-se, "algo que não podem fazer 232 jornalistas que se encontram esta noite na prisão".

Assange rejeita ser extraditado à Suécia, onde é acusado por supostos crimes sexuais que ele nega, se não lhe forem oferecidas garantias que não será eventualmente entregue aos Estados Unidos. O australiano teme que, em território americano, possa ser condenado à morte pelas revelações de documentos confidenciais sobre o Iraque e Afeganistão feitas pelo Wikileaks.

EFE   
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