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Avanço de dados móveis ajuda Telefônica no 3o tri

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Por Sérgio Spagnuolo

RIO DE JANEIRO, 6 Nov (Reuters) - A Telefônica Brasil apresentou nesta terça-feira resultados operacionais do terceiro trimestre melhores do que os antecipados pelo mercado, ajudados pelo crescimento de 17,2 por cento no faturamento com dados móveis sobre um ano antes, em meio à forte demanda por serviços de Internet e mensagens SMS.

Com isso, o faturamento de total de serviços móveis cresceu 8,1 por cento, a 5 bilhões de reais, e voltou a ajudar a receita total da Telefônica, apesar da deterioração na telefonia fixa nos últimos trimestres.

A receita operacional líquida cresceu 2,1 por cento na comparação anual, fechando o trimestre a 8,46 bilhões de reais, ao passo que analistas previam 8,37 bilhões, em média.

"O segmento móvel seguiu contribuindo para expansão dos resultados da empresa, sobretudo, em serviços de maior valor agregado e dados", afirmou a equipe de análise da corretora Concórdia, em nota.

A maior demanda por serviços de dados, impulsionada pela crescente base de clientes móveis da Telefônica, auxiliou, inclusive, a operadora a lidar com uma queda anual de 7,1 por cento na receita média por usuário (Arpu) total do terceiro trimestre, a 22,2 reais.

Esse dado foi puxado para baixo pelo segmento de voz (queda de 9,8 por cento), prejudicado pelo ajuste da taxa de terminação fixo-móvel (VUM) e o aumento da base de pré-pagos e de planos de controle de gastos.

A maior operadora móvel do Brasil, que atua com a marca Vivo, registrou 76,8 milhões de linhas móveis no terceiro trimestre, 14,6 por cento a mais do que um ano antes.

Mas o diretor-geral da operadora, Paulo Cesar Teixeira, ressaltou nesta terça-feira que a empresa buscará priorizar a rentabilidade, com uma base de clientes de "maior qualidade".

"O mercado está indo para uma nova fase, na qual precisamos ser mais seletivos em nossa atividade comercial, concentrando mais em receitas e rentabilidade do que apenas em adições líquidas", afirmou em teleconferência com analistas.

Assim, a empresa espera ver um Arpu melhor nos próximos trimestres com a maior penetração de smartphones e dados móveis, afirmou a diretora de Controladoria, Cristiane Barretto, sem fornecer metas numéricas.

"Acreditamos que a Telefônica Brasil mantenha-se com um posicionamento competitivo muito forte no segmento móvel... mas a telefonia fixa continua deteriorando", afirmou em nota Luis Fernando Azevedo, analista do Bradesco BBI.

Mas, segundo Andre Baggio, do J.P. Morgan, o segmento fixo mostrou "melhora significativa" em relação o segundo trimestre. A operação fixa, grande fonte de receita, teve queda de 7,3 por cento ano a ano, para 3,12 bilhões de reais no terceiro trimestre, contra queda de 11,7 por cento no trimestre passado.

A geração de caixa operacional foi de 2,78 bilhões no terceiro trimestre, acréscimo 385 milhões de reais em relação a um ano antes.

Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) somou 2,9 bilhões de reais no terceiro trimestre, avanço anual de 3,1 por cento e levemente acima das previsões do mercado, de 2,82 bilhões de reais.

A margem Ebitda mostrou melhora, avançando 0,3 ponto percentual sobre 2011 e fechou o trimestre passado em 34,4 por cento.

Na comparação anual, a dívida líquida da operadora encerrou setembro em 1,08 bilhão de reais, redução de 43,7 por cento, explicada pela maior geração de caixa.

No acumulado de nove meses, os investimentos somam 3,27 bilhões de reais, desconsiderando os valores das licenças adquiridas de 812 milhões de reais.

A Telefônica reiterou sua meta de investir cerca de 6 bilhões de reais em 2012.

Às 14h57, a ação preferencial da empresa subia 2,66 por cento, a 45,98 reais. O Ibovespa subia 1,63 por cento.

LUCRO

A controlada da espanhola Telefónica divulgou queda de 30 por cento no lucro líquido do terceiro trimestre na comparação anual, totalizando 935,8 milhões de reais no trimestre, abaixo das estimativas de analistas, que previam, em média, lucro líquido de 1,042 bilhão no período.

Segundo a empresa, a queda no lucro líquido deve-se "principalmente ao impacto positivo gerado pela declaração de juros sobre capital próprio no mesmo período do ano anterior".

No acumulado de nove meses de 2012, o lucro soma quase 3 bilhões de reais, 17,5 por cento a menos no comparativo com o mesmo período de 2011.

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