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Brasil tem 2,17 milhões de domínios .br, diz Comitê Gestor

17 ago 2010 - 16h41
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De acordo com os dados do site Registro.br, até o mês de julho deste ano, haviam sido registrados cerca de 2,17 milhões de domínios sob a terminação ".br. Este foi um dos dados apresentados pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) na manhã de hoje, quando foram revelados os resultados do primeiro censo sobre a internet brasileira.

O "censo web" será anual a partir de agora, segundo as entidades, e a contagem será organizada de acordo com os domínios. Pelo seu tamanho, o último a ser contabilizado será o .com.br. A contagem final (incluindo os endereços comerciais) deste primeiro recenseamento deve ser finalizada até o fim de 2010, mas isso é uma estimativa e não uma previsão.

De acordo com Hartmut Glaser, diretor executivo do CGI.br, é muito cedo para saber quanto tempo levará para levantar os dados de cada um dos domínios. Outro dado que foi levantado é que o número de endereços da web que adotam o padrão IPV4 vai se esgotar já no primeiro semestre de 2011 ¿ ou seja, dentro de um ano ou, no máximo, um ano e meio. Por conta disso, a entidade acredita que a adoção do protocolo IPv6 é fundamental para que o esgotamento de domínios se não torne uma realidade.

Segundo Glaser, o IPv4 vai se esgotar, mas não será extinto da web. As duas tecnologias são interoperáveis. "O Brasil está liderando a transição para o IPv6 na América Latina", diz Glaser. "Já existem quatro operadoras (carriers) habilitadas a gerar tráfego via IPv6, e (...) temos um estoque de IPv4 que pode dar uma sobrevida de até 2 anos ¿ o que é preocupante. Precisamos arrancar para o ipv6 imediatamente".

O executivo informou ainda que o Google já tem todos os seus serviços em IPv6, em todas as operações no mundo mas que, por outro lado, nenhum dos sites do governo brasileiro adotou o novo protocolo ainda.

Entretanto, segundo o CGI.br isso está sendo resolvido: o governo federal já está implantando, paulatinamente, equipamentos IPv6 em suas operações de internet.

"Com esse primeiro levantamento, foi possível definir metodologias e traçar o escopo para um estudo mais amplo e completo a ser realizado sobre os sites com outros domínios", diz Alexandre Barbosa, gerente do Centro de Estudos em TICs do NIC.br.

Ambos os executivos reforçaram que o que foi apresentado é o retrato do momento. Não é possível tirar conclusões a respeito desses dados, já que não há uma série histórica para comparação.

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