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Cofundador do Facebook diz o que há de errado no Google Plus

14 set 2011 - 07h44
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Durante a conferência Disrupt, do site de tecnologia TechCrunch, o cofundador do Facebook Dustin Moskovitz contou sobre a criação da maior rede social do mundo, e explicou o que há de errado com o Google+. Para o empresário, hoje envolvido com a equipe do software Asana, a novidade do gigante de buscas poderia melhorar a simetria das relações.

Dustin Moskovitz afirmou a Erick Schonfeld, durante evento de tecnologia, que não tem perfil na rede social concorrente do Facebook
Dustin Moskovitz afirmou a Erick Schonfeld, durante evento de tecnologia, que não tem perfil na rede social concorrente do Facebook
Foto: Getty Images

Hoje, o Plus usa um sistema de mão única, mais próximo do seguir do Twitter do que do adicionar do Facebook. Moskovitz, que lembra que a rede de Mark Zuckerberg usa a mão única em suas páginas de fã, o peso de uma relação mútua - quando uma pessoa está conectada a outra que também se liga à primeira - também deve ser levado em conta. O cofundador da rede com 750 milhões de usuários afirmou, ainda, que não tem perfil no site do Google.

Sobre o início do Facebook, Moskovitz afirma que não havia tantas festas quanto as mostradas no filme A Rede Social, e que no primeiro ano do site os desenvolvedores trabalhavam de 14 a 16 horas por dia. Isso porque, segundo ele, sabiam que haviam criado algo que se tornaria grande assim que foi lançado. "Víamos o site aberto em todos os notebooks na sala de aula", conta.

Para o cofundador do Facebook, começar registrando alunos de faculdades foi mais uma questão de lidar com o escalonamento do site do que uma decisão de negócio. "Os primeiros 12 meses se caracterizaram pelo aumento de capacidade no maior ritmo possível", diz, explicando que os criadores sabiam que quanto mais rápido o site fosse, mais as pessoas o usariam. Era preciso saber quantas pessoas estavam na rede e por quanto tempo. O monitoramento dos que voltavam em sete dias, ou em um mês, era uma das métricas de retenção de usuários mais usada. Moskovitz lembra que, na época, havia muitas pessoas registradas no MySpace, mas que acessavam pouco o site, então apenas saber o número de perfis cadastrados não ajudaria no trabalho.

O empresário ainda falou sobre as mudanças vivenciadas pela região do Vale do Silício, berço de muitas empresas de tecnologias, desde que o Facebook foi lançado. Segundo Moskovitz, quando a rede social de Zuckerberg foi lançada havia poucas empresas - na comparação com os dias atuais -, e os diretores conseguiram atrair engenheiros muito competentes. Agora, continua, há muitos desenvolvedores, e há uma idolatria do empreendedorismo - com algumas empresas levantando investimentos baseadas a partir apenas da reputação de seus fundadores. "Agora parece que há muitas ideias menores sendo desenvolvidas... companhias com 3 a 10 pessoas", pondera.

Erick Schonfeld, novo editor do TechCrunch, que conduziu a entrevista, questionou Moskovitz sobre se o Facebook conseguiria a equipe talentosa necessária para criar as ideias de seus fundadores. A pergunta ficou sem resposta, segundo o site do evento.

Fonte: Terra
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