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Comissão da Câmara quer ouvir Google sobre nova política

14 mar 2012 - 18h52
(atualizado às 18h54)
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A Comissão de Defesa do Consumidor vai realizar audiência pública para discutir as novas regras de privacidade do Google, que entraram em vigor no dia 1º de março, e seus impactos na vida vida dos usuários. A reunião ainda não tem data marcada. As informações são da Agência Câmara.

Google alterou sua política de privacidade em 1º de março
Google alterou sua política de privacidade em 1º de março
Foto: AFP

A nova política de privacidade do Google unificou os termos de serviço de seus produtos - mais de 60 conjuntos de regras são substituídos por um único texto. A nova política permite que o site de buscas relacione todas as informações que os usuários fornecem a diferentes serviços da empresa.

Na semana passada, o Google já havia sido notificado pelo Ministério da Justiça, através do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), a respeito das mudanças. O Google terá de informar ao ministério detalhes sobre as mudanças nas possibilidades de utilização dos dados pessoais de seus usuários.

A iniciativa do debate na Câmara é do deputado Paulo Pimenta (PT-RS). "Como forma de justificar a mudança, mas sem revelar claramente o real interesse da empresa, o Google divulgou que a integração dos dados dos internautas permitirá uma melhor seleção de busca, de acordo com o perfil e o histórico deixado pelos usuários na internet", diz.

"Segundo especialistas, o que o Google pretende, na verdade, é obter o máximo de informações para repassar aos seus anunciantes, gerando maior lucro com base na exploração das preferências de cada pessoa, ao acessar a internet", afirma.

Pimenta quer avaliar também se os Termos de Serviço contrariam o Código de Defesa do Consumidor. Ele afirma que são proibidas ações judiciais de usuários contra a empresa fora da Comarca de Santa Clara, na Califórnia, local sede do Google.

Segundo o deputado, as empresas que atuam e pretendem atuar no mercado brasileiro devem respeitar os consumidores brasileiros, e não privá-los do acesso a qualquer tipo de contestação.

Fonte: Terra
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