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Empresas de internet pedem transparência ao governo dos EUA

18 jul 2013 - 17h35
(atualizado às 17h37)
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Dezenas de companhias e organizações incluindo Apple, Google e Facebook divulgaram uma carta nesta quinta-feira em que pedem para o governo de Barack Obama e ao Congresso dos Estados Unidos mais transparência sobre os pedidos de Washington relacionados à segurança nacional.

Junto com LinkedIn, Yahoo, Microsoft, Twitter e muitas outras empresas, as companhias pediram por transparência sobre o levantamento de dados sigilosos. Elas enviaram a carta a Obama, ao Procurador Geral dos EUA, Eric Holder, ao diretor da Inteligência Nacional do país, James Clapper; ao diretor geral da Agência Nacional de Segurança (NSA), Keith Alexander; e aos líderes de segurança nacional no Congresso do país.

Companhias de tecnologia têm se esforçado para dizerem que são independentes depois que documentos vazados no mês passado por Edward Snowden, um ex-funcionário terceirizado que atuava em questões de segurança dos EUA, indicaram que elas deram acesso direto a seus computadores ao governo norte-americano, como parte do programa secreto de vigilância da NSA, chamado de Prism.

Essas atividades de coleta de dados são supervisionadas pelo secreto Tribunal de Vigilância de Inteligência Estrangeira e praticadas em grande parte com base em leis do Ato de Vigilância de Inteligência Estrangeira (Fisa) e do chamado Ato USA Patriot.

Algumas empresas, incluindo Facebook e Apple, conseguiram em junho um acordo com o governo dos EUA para revelarem algumas informações sobre o número de pedidos de dados de usuários.

Na carta desta quinta-feira, as empresas pediram permissão ao governo dos EUA para divulgarem regularmente estatísticas sobre o número e amplitude dos pedidos de dados de usuários das companhias feitos por autoridades específicas de segurança nacional do país. As empresas também querem divulgar quantos indivíduos, contas ou aparelhos afetados por estes pedidos.

"Esta informação sobre como e com que frequência o governo está usando estas autorizações legais é importante para o povo norte-americano, que tem um debate público sobre a questão, e para usuários internacionais de empresas baseadas nos EUA que estão preocupados sobre privacidade e segurança de suas comunicações", afirma a carta.

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