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Oriente Médio

EUA lançou ciberataque para espionar governo francês, diz revista

21 nov 2012 - 17h40
(atualizado às 17h51)
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O governo dos Estados Unidos teria hackeado o gabinete do ex-presidente da França Nicolas Sarkozy logo antes de ele ter deixado o cargo - ao perder as eleições para o socialista François Hollande -, em maio deste ano, segundo a revista francesa l'Express. Um vírus desenvolvido em conjunto com Israel, chamado Flame, teria sido utilizado no ataque, cujo objetivo seria espionar o governo francês. As informações são do Huffington Post.

Vírus Flame, suposta parceria entre Estados Unidos e Israel, teria sido utilizado no ciberataque
Vírus Flame, suposta parceria entre Estados Unidos e Israel, teria sido utilizado no ciberataque
Foto: AFP

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Um órgão destinado a identificar e prevenir ciberataques na França teria encontrado um "vírus poderoso" nos computadores do Palácio do Eliseu, a residência oficial do presidente francês. O gabinete do Executivo confirmou que um grande ciberataque ocorreu nas últimas semanas do governo Sarkozy. A embaixada americana em Paris, porém, negou "categoricamente" qualquer envolvimento dos Estados Unidos no ataque.

O vírus Flame é uma suposta arma cibernética dos Estados Unidos e de Israel contra o programa nuclear iraniano. O Flame seria capaz de coletar arquivos em uma máquina, capturar sua tela e até ativar o microfone do computador para gravar conversas, de acordo com um especialista ouvido pela l'Express. A contribuição entre os governos americano e israelense não seria nova em um caso assim: em 2010, ambas as nações foram apontadas como responsáveis pelo Stuxnet, um vírus de computador criado para causar danos físicos nas instalações nucleares do Irã.

No entanto, a França - ao contrário do Irã - é um aliado bastante próximo dos EUA. O que teria, então, motivado a tentativa de espionagem? A época de transição política, aliada a possíveis suspeitas envolvendo as relações francesas com países do Oriente Médio, teria levado os americanos a lançar o suposto ciberataque, informou a revista francesa.

Fonte: Terra
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