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França ordena que Google mude política de privacidade

Órgão regulador francês afirmou que a política de privacidade do Google violou leis do país e deu à empresa três meses para fazer mudanças

20 jun 2013 - 13h03
(atualizado às 13h04)
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<p>No ano passado, o Google consolidou 60 políticas de privacidade em uma única</p>
No ano passado, o Google consolidou 60 políticas de privacidade em uma única
Foto: Getty Images

O regulador de proteção de dados na França ordenou o Google nesta quinta-feira a alterar sua política de privacidade sob pena de levar multa, liderando uma grande onda de pressão na Europa para que o gigante da internet esclareça suas intenções e métodos na coleta de dados.

O órgão regulador francês CNIL afirmou que a política de privacidade do Google violou leis do país e deu à empresaamericana três meses para fazer mudanças sob o risco de enfrentar multa de até 150 mil euros, além de uma segunda punição de 300 mil euros caso falhe em agir.

O CNIL, que vem liderando uma sindicância sobre a política de privacidade do Google na Europa desde março de 2012, disse que Grã-Bretanha, Alemanha, Itália, Holanda e Espanha estavam estudando procedimentos de infração semelhantes. No geral, o dono do maior sistema de buscas do mundo poderia enfrentar multas de vários milhões de euros.

"Até o final de julho, todas as autoridades que participam da força-tarefa (de proteção de dados na União Europeia) terão tomado medidas de coerção contra o Google", disse a presidente do CNIL, Isabelle Falque-Pierrotin.

No ano passado, o Google consolidou 60 políticas de privacidade em uma única e começou a combinar dados coletados dos usuários a partir de diferentes serviços, incluindo o YouTube, Gmail e a rede social Google+. A empresa não deu meios para os internautas escaparem deste cruzamento de dados.

Como resultado, reguladores da União Europeia iniciaram uma investigação conjunta. Eles pediram que o Google propusesse mudanças até fevereiro, o que não foi feito pela companhia, que se encontrou várias vezes com os reguladores e argumentou que a combinação de informações facilitava sua compreensão sobre os usuários.

A maneira como o Google cruza esses dados anônimos, pesquisando históricos em diversos serviços para melhorar o direcionamento publicitário, foi apontada entre as maiores preocupações dos reguladores.

O francês CNIL disse nesta quinta que as políticas de privacidade do Google não eram suficientemente explícitas para que os usuários entendessem por que e como tinham suas informações coletadas.

A investida do regulador francês é vista por especialistas e legisladores como um teste a respeito da habilidade da Europa em influenciar o comportamento de empresas globais de internet.

O Google afirmou que continuaria a trabalhar com as autoridades na França e em outros locais. "Nossa política de privacidade respeita a legislação europeia e nos permite criar serviços mais simples, mais eficazes. Temos envolvidos plenamente com as autoridades envolvidas em todo este processo, e vamos continuar a fazê-lo daqui para frente", disse um porta-voz, por e-mail.

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