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Funcionária 51 do Facebook revela em livro bastidores da rede

18 jul 2012 - 08h25
(atualizado às 14h11)
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Ismael Cardoso

Uma das primeiras funcionárias do Facebook - mais especificamente a 51ª - resolveu tornar pública sua experiência nos primeiros anos na rede social. Muito antes de o Facebook negociar ações na bolsa e valer bilhões de dólares, a americana Katherine Losse trabalhou no suporte ao cliente, passou a ser ghost writer de Mark Zuckerberg e comandou a internacionalização da rede, experiências que conta no recém-lançado The Boy Kings: a journey into the heart of the social network, ainda sem tradução para o português e sem previsão de lançamento no Brasil.

Ghost writer, Katherine escrevia e-mails e os posts de Zuckerberg, e deixou a companhia em 2010
Ghost writer, Katherine escrevia e-mails e os posts de Zuckerberg, e deixou a companhia em 2010
Foto: Divulgação

Katherine entrou em 2005 na rede social, onde trabalhou até 2010. De representante do suporte ao cliente, ela passou a gerente de produto para internacionalização do Facebook, cargo que ocupou durante um ano até se tornar ghost writer pessoal de Zuckerberg - tarefa em que escrevia e-mails e postagens em blogs como se fosse o CEO da companhia. "Foi divertido, um bom desafio. Mark era relativamente desencanado como chefe e me deixava fazer a maioria das coisas eu queria", disse em entrevista por e-mail ao Terra.

A americana teve que enfrentar um ambiente bastante masculino naqueles primeiros anos de rede social - e muitas vezes até mesmo machista. "Era definitivamente um ambiente muito masculino, particularmente na área de engenharia. Eu me diverti, mas houve momentos em que a predominância de homens era perceptível. Um dia exigiram que as mulheres vestissem camisetas com uma foto de Mark estampada, mas eu me neguei", contou.

Viagem ao Brasil
Como gerente para a internacionalização do Facebook, Katherine acompanhou Zuckerberg em uma viagem ao Brasil em 2009. Entre reuniões e entrevistas, ela conta que Mark provou desde churrasco a caipirinha de frutas vermelhas, coisas que nunca havia experimentado antes. "Ele nunca havia estado no Brasil antes, mas eu tinha estado lá três vezes, então eu disse a ele o que eu sabia sobre o Brasil e o quanto era importante ser bem sucedido no Brasil".

A viagem durou cinco dias por São Paulo, e havia o desejo de que fosse estendida para o Rio de Janeiro, mas uma reunião de última hora não permitiu. "Eu lhe disse que precisava ir ao Rio porque o Rio é uma cidade muito importante culturalmente no Brasil", afirmou.

A autora diz que o objetivo do livro é ajudar a compreender a era digital em que vivemos. "O livro fornece um retrato de como era trabalhar no Facebook em seus primeiros dias, de como era divertido, mas também como foi uma grande tarefa, e quanto a gente tinha que trabalhar. Ele também mostra como essa tecnologia que agora parece onipresente - Facebook - foi desenvolvida, e como eram algumas das personalidades por trás dela", afirma.

Katherine diz que saiu do Facebook em 2010 pois já "tinha contribuído tanto quanto podia para a empresa". Segundo ela, nos primeiros dias da rede social predominava um sentimento de fraternidade na companhia, que foi desaparecendo na medida em que o Facebook foi crescendo. "O sentimento ainda existe em pequenas equipes na empresa, mas uma vez que a empresa tem crescido para milhares de funcionários, é mais difícil para todo mundo ser amigo de todo mundo", disse.

Fonte: Terra
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