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Funcionária do Facebook revela existência de 'senha mestra'

13 jan 2010 - 17h32
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Depois da polêmica causada pela declaração de Mark Zuckerberg de que a privacidade não é mais fundamental, o Facebook chama novamente a atenção da mídia devido às revelações feitas por uma suposta funcionária da rede social.

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Em entrevista ao blog The Rumpus, a funcionária, que preferiu não se identificar, afirmou que o Facebook coleta diversas informações sobre a navegação dos usuários - ou seja, todo o histórico desde simples visitas a outros perfis é guardado. Mesmo informações que são deletadas no perfil da pessoa ficam registradas para sempre. Segundo a funcionária anônima, o Facebook está mudando isso, mas por questões de desempenho do sistema (muitos dados armazenados deixam o site todo mais lento) e não por respeitar os segredos de seus assinantes.

A funcionária também denunciou a existência de uma "senha mestra" (a senha, aliás, era "Chuck Norris", apenas trocando algumas letras por números) que daria aos funcionários da rede social a possibilidade de acessar e modificar o perfil de qualquer pessoa. A senha permitiria, por exemplo, ter acesso universal a informações restritas apenas a amigos do usuário. Aparentemente, a senha mestra era utilizada em processos de desenvolvimento do sistema, e tinha seu funcionamento restrito ao interior da empresa, com o intuito de evitar o seu uso a partir de quaisquer outros locais.

Como qualquer um que tenha um pouco de conhecimento em informática sabe, não é preciso possuir nenhuma senha mestra para ter acesso às informações dos usuários, já que sempre é possível fazer consultas diretamente ao banco de dados. Mas a "chave mestra" dá acesso ao conteúdo já formatado e peneirado, pela própria interface do Facebook, o que facilitaria a espionagem mesmo por pessoal não técnico. Por exemplo, seria possível ver a lista de amigos não só por ordem alfabética, mas em ordem de "amizade" (quem é mais amigo ganha mais cliques, e estes são também registrados pelo Facebook).

Para inibir que a senha fosse usada despropositadamente - seu mau uso, inclusive, teria levado à demissão de dois funcionários no passado, o Facebook a teria descontinuado, substituindo-a por uma "ferramenta especial de acesso", liberada apenas sob requerimento e que sujeita o funcionário a demissão caso utilize a ferramenta de forma equivocada.

Em defesa do Facebook, Larry Yu, porta-voz da empresa, disse ao site CNET News que a entrevista "contém incorreções e imprecisões, esperadas de algo de origem anônima", e que não iriam comentar o caso.

Entretanto, Jason Kincaid, do site TechCrunch, lembra que o Facebook teve a oportunidade de desmentir as informações que considerou imprecisas, mas preferiu questionar a idoneidade da entrevistada, que não foi identificada. Para Kincaid, se a entrevista é falsa, então o Facebook deveria ter pontuado quais dos fatos revelados não procediam.

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