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Fundador do Megaupload detalha novo serviço de compartilhamento

19 out 2012 - 10h48
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O fundador do Megaupload, Kim Dotcom, preso na Nova Zelândia após o fechamento do serviço em janeiro deste ano, revelou detalhes sobre o novo serviço de compartilhamento de arquivos que pretende lançar e que deve se chamar Mega. Em entrevista à Wired, Dotcom afirmou que o novo serviço aproveitaria todas as possibilidades da nuvem para evitar o acesso das autoridades aos conteúdos postados.

Fundador do Megaupload chega ao tribunal em Auckland com a mulher, Mona Schmitz
Fundador do Megaupload chega ao tribunal em Auckland com a mulher, Mona Schmitz
Foto: Reuters

O funcionamento da nova ferramenta seria simples: ao fazer o upload de um arquivo, ele será criptografado e será decodificado por meio de uma senha que somente o usuário terá acesso. Assim, fica a cargo de quem subiu o arquivo a decisão sobre o compartilhamento ou não dele com outros internautas. Sem acesso a essa senha, o Mega não teria como assumir a responsabilidade pelo conteúdo armazenado pelos seus usuários.

"Se os servidores forem perdidos, se o governo entrar em um data center e violá-lo, se hackear o servidor ou roubá-lo, isso não lhes daria nada", explicou à Wired. "Tudo que for enviado para o site vai continuar fechado e privado sem a senha", disse. Dotcom acredita que mesmo a interpretação da lei que causou o fechamento do Megaupload não será capaz de derrubar o Mega. Para ele, a única forma de parar o serviço seria tornar ilegal a criptografia de dados.

"De acordo com a Carta de Direitos Humanos da ONU, a privacidade é um direito humano básico. Você tem o direito de proteger suas informações privadas e de comunicação contra a espionagem", avalia.

Autoridades dos Estados Unidos, incluindo o FBI (polícia federal americana), tiraram o Megaupload e outros 18 sites afiliados do ar em janeiro por considerar que o site fazia parte de "uma organização responsável por uma enorme rede de pirataria virtual mundial".

O Megaupload teria causado mais de US$ 500 milhões em perdas ao transgredir os direitos de propriedade intelectual de diversas companhias. As autoridades americanas consideram que por meio do site, que contava com 150 milhões de usuários registrados, e de outras páginas associadas, ingressaram cerca de US$ 175 milhões.

Fonte: Terra
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