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Google do futuro quer "adivinhar" buscas relevantes para usuário

4 mai 2012 - 15h43
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Leopoldo Godoy
Direto de Santiago (Chile)

Você vai viajar para Nova York, nos Estados Unidos. Liga o computador, abre o Google e digita "voos para Nova York na semana que vem". O buscador sabe em que cidade você está, e sabe identificar qual o período de tempo se refere à expressão "semana que vem". Mas o que mais ele pode te oferecer de informações além da lista de voos com passagens disponíveis?

Busca por inferência é o próximo passo na evolução do buscador
Busca por inferência é o próximo passo na evolução do buscador
Foto: Google / Reprodução

"Que tal já pesquisar, por conta própria, como estará o clima na cidade, para sugerir ao usuário se é preciso levar um guarda-chuva? Temos tecnologia para isso, e é para aí que deve caminhar nosso sistema de buscas", afirma Berthier Ribeiro-Neto, diretor de engenharia do Google para a América Latina e comandante do laboratório de desenvolvimento da empresa em Belo Horizonte.

Berthier acredita que a busca por inferência, ou seja, feita a partir da conclusão lógica de informações anteriores passadas pelo usuário, é o próximo passo na evolução do buscador, primeiro e principal produto da empresa californiana.

"Tecnicamente não é difícil fazer esse tipo de busca. O desafio é saber quando e como podemos adicionar informação relevante para o usuário", diz Berthier.

A relevância dos resultados é um problema que já incomoda o Google mesmo atualmente. "Os usuários têm uma expectativa muito grande em relação aos resultados feitos por uma busca. Tentamos falhar o mínimo possível. Se alguém procura por 'restaurante indiano' em um bairro de Santiago, jamais podemos indicar uma lanchonete em outra região, por mais que a página esteja repleta de termos utilizados para enganar o buscador."

Há ainda uma questão da responsabilidade do Google em relação aos resultados exibidos. Como no sistema que mostra possíveis doenças a partir de sintomas digitados pelos usuários, implementado no início do ano nos Estados Unidos. "O sistema não pode listar algo grave, que assuste as pessoas, como possível causa de um sintoma. Seria uma irresponsabilidade mostrar 'câncer', por exemplo", diz.

"Mostramos para diversos médicos antes de colocarmos no ar, pois nosso objetivo não é fazer diagnósticos, e sim dar mais informações relevantes, como dizer que uma tosse pode significar diversas doenças".

Fonte: Terra
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