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Google está ajudando a mudar a memória humana, diz estudo

25 jan 2012 - 11h44
(atualizado às 11h52)
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Um estudo divulgado nesta semana por pesquisadores das universidades de Columbia, Harvard e Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos, mostrou que o Google e as outras ferramentas de busca da web estão afetando a forma como os humanos pensam e lembram-se das informações. Segundo o estudo, as pessoas hoje tendem a não registrar um dado em si, mas gravam onde podem encontrá-lo quando precisarem dele na próxima vez, de acordo com o Daily Mail.

Usuários de mecanismo de buscam não lembram informações, mas gravam onde pesquisá-las
Usuários de mecanismo de buscam não lembram informações, mas gravam onde pesquisá-las
Foto: Reprodução

Os pesquisadores explicam que a web funciona para os usuários como uma espécie de memória externa, mais ou menos como os HDs externos para os computadores. Em outra metáfora, ilustram que a possibilidade de conexão via smartphones e notebooks deixa as pessoas confiáveis de que "podem sacar (como num caixa eletrônico) qualquer informação que não encontrarem imediatamente".

O estudo foi desenvolvido em quatro partes, começando por um quiz trivial que avaliava se os participantes reconheciam palavras relacionadas a computadores com mais rapidez do que outros vocábulos. A segunda prova envolvia lembrar 40 informações que as pessoas normalmente iriam buscar mais tarde. O terceiro e o quarto exames checavam o quanto as pessoas lembravam de onde buscar uma informação na web, ou se lembravam mais do local onde encontrar um dado do que do dado em si.

Segundo o relatório publicado pela professora assistente da Columbia Betsy Sparrow, líder da pesquisa, em alguns casos "as pessoas faziam questão de não se esforçar para lembrar (um dado) quando acreditavam que podiam buscar (a informação) mais tarde".

A possibilidade de acesso quase 24 por horas dia à internet, de acordo com os pesquisadores, significa que "raramente se está offline, a não ser por escolha", o que torna "difícil lembrar como se encontrava informações antes da ubiquidade da internet". "A internet se tornou uma fonte externa e transitiva de memória, onde a informação é armazenada coletivamente fora de nós mesmos", resume o relatório.

O estudo das três universidades americanas não é o primeiro a tratar da questão, lembra o Daily Mail. Em 2011, o especialista em tecnologia Nicholas Carr lançou A geração superficial: o que a internet está fazendo com os nossos cérebros, em que trata sobre como as pessoas se concentram menos na atualidade, um resultado da forma como se navega na web.

Fonte: Terra
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