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Governo quer preços mais baixos para roaming internacional

10 ago 2011 - 11h24
(atualizado às 15h51)
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O governo quer iniciar uma negociação envolvendo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e as operadoras de telefonia para reduzir o preço das tarifas cobradas para ativação de celulares brasileiros no exterior, o chamado roaming internacional.

Tablet da ZTE chegou ao mercado com preço baixo, mas configurações comprometem experiência do usuário
Tablet da ZTE chegou ao mercado com preço baixo, mas configurações comprometem experiência do usuário
Foto: Ismael Cardoso / Terra

"Temos que fazer uma negociação, ver como podemos regular isso e discutir os preços", disse o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, a repórteres nesta quarta-feira. "Acho que a única explicação para os preços (atuais) é que tem gente que paga, porque o preço é absolutamente exorbitante", complementou.

O roaming internacional é negociado pelas operadoras livrevemente, geralmente implicando em dupla cobrança - uma da operadora "visitada" e outra da operadora de origem, pelos serviços prestados. A potencial redução dos preços de serviços de roaming pode refletir na receita de serviços de operadoras de telefonia móvel, como Vivo, TIM e Oi. O governo também quer facilitar a cobrança do roaming para estrangeiros no Brasil, disse o ministro.

Bernardo conversou com jornalistas após participar, nesta quarta-feira, de seminário em Brasília sobre infraestrutura de telecomunicações para a Copa do Mundo e Olimpíadas. Segundo o ministro, falta o equivalente a 200 milhões de reais em investimentos para implantar todo a rede necessária de fibras ópticas para o Mundial de 2014.

Além disso, o governo está preparado para fazer esse investimento por meio da estatal Telebrás, mas "parceiros privados são bem-vindos". A ideia, disse Bernardo, é ter, em cada estádio do mundial, duas redes independentes, de modo a dar mais segurança à transmissão dos dados.

Tablets

O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, que também participou do evento, reiterou que em setembro começarão a ser produzidos computadores tipo tablets e smartphones no Brasil. "Até o Natal não vai faltar opção", afirmou.

Entre as companhias que já planejam fabricar tablets no País estão a ZTE e a Foxconn, que fabrica o iPad. Há 15 empresas inscritas para entrar no negócio e fazer uso dos benefícios fiscais oferecidos pelo governo, e entre elas nove já tiveram a produção autorizada, segundo Mercadante.

Em maio, o governo federal incluiu os computadores tablets na chamada Lei do Bem. Com isso, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que incide sobre estes dispositivos cai de 15% para 3%. Além disso, a alíquota do PIS/Cofins foi zerada.

De acordo com a empresa de pesquisa IDC, as vendas de tablets no Brasil devem chegar a 300 mil unidades em 2011, com a maior movimentação ocorrendo nos seis últimos meses do ano.

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