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Irã condena 8 pessoas à prisão por atividades no Facebook

O governo iraniano veta o acesso às redes sociais como Facebook e Twitter

14 jul 2014 - 11h11
(atualizado às 12h15)
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<p>Os r&eacute;us tamb&eacute;m s&atilde;o acusados de participar de manifesta&ccedil;&otilde;es e de &quot;insultar os valores isl&acirc;micos&quot;</p>
Os réus também são acusados de participar de manifestações e de "insultar os valores islâmicos"
Foto: Dado Ruvic / Reuters

A Justiça do Irã condenou oito ativistas à penas de oito a 21 anos de prisão por publicações "contra a segurança nacional" no Facebook, informou nesta segunda-feira o jornal reformista "Sharq". Os condenados administravam várias paginas na rede social, nas quais, segundo o tribunal, eles desenvolviam atividades de "propaganda contra o regime", "blasfêmias" e "insultos aos chefes dos poderes estatais".

Os réus também são acusados de participar de manifestações e de "insultar os valores islâmicos". Essas acusações vieram à tona em julho de 2013. Enquanto o julgamento começou no último mês de abril, segundo a agência estatal "Irna".

Os condenados são de diferentes cidades do Irã: Shiraz, Kerman e Abadan, no sul do país, além de Yazd, no centro, e Teerã, no norte. Dois dos condenados - um a 19 anos e 91 dias e outro a 18 anos e 91 dias - também foram castigados com multas de cerca de US$ 400 (R$ 888) e 50 chicotadas.

O governo iraniano veta o acesso às redes sociais como Facebook e Twitter. As plataformas foram amplamente utilizadas durante os protestos de 2009, contra a polêmica reeleição do então presidente Mahmoud Ahmadinejad.

O atual presidente, Hassan Rohani, ganhou as eleições com um discurso de aumentar as liberdades públicas e, por isso, se comprometeu a liberar o acesso ao Facebook e outras páginas, algo que não conseguiu realizar devido à oposição dos setores mais radicais, que controlam a Justiça e as principais instituições do país.

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EFE   
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