A Justiça de Minas Gerais emitiu uma liminar na tarde de quarta-feira proibindo o lançamento do aplicativo Tubby, criado para que homens avaliassem as mulheres com base nos dados do Facebook. O juiz Rinaldo Kennedy Silva, da 15ª Vara Criminal de Belo Horizonte, especializada em crimes de violência contra a mulher, deferiu o pedido de liminar, feito com base na Lei Maria da Penha.
O pedido na Justiça foi feito pela Frente de Mulheres das Brigadas Populares, Coletivo Margarida Alves, Movimento Graal no Brasil, Marcha Mundial de Mulheres, Movimento Mulheres em luta, Marcha das Vadias e Coletivo Mineiro Popular Anarquista. "A gente acompanha a violência que as mulheres sofrem diariamente, e esse aplicativo é mais um instrumento de disseminação da violência contra a mulher, desse sistema patriarcalista onde a mulher é vista como um objeto", afirmou a advogada do Coletivo Margarida Alvez e militante do Movimento Mulheres em Luta, Juliana Benício.
Na decisão, o juiz entendeu que os coletivos pretendem com a ação "a defesa dos interesses difusos das mulheres". "Há também fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação, uma vez que depois de ofendida a honra de uma mulher por intermédio do mencionado aplicativo, não haverá como repará-la", afirmou o juiz na decisão.
Caso a liminar seja descumprida, o Tubby terá de pagar uma multa diária de R$ 10 mil. O Terra entrou em contato com os desenvolvedores, mas não obteve resposta.
Os desenvolvedores do Tubby prometiam para esta quarta-feira a chegada do aplicativo, mas atrasaram em 48 horas o lançamento. Uma contagem regressiva no site oficial do Tubby indica que o aplicativo será lançado à meia-noite de sexta-feira.
Depois de todo o sucesso e de toda polêmica causada pelo app Lulu - que chegou ao Brasil no mês passado e permite apenas que meninas deem notas e opiniões anônimas sobre meninos - um grupo de brasileiros prometeu a revanche, o Tubby.
Com o slogan "sua vez de descobrir se ela é boa de cama", o serviço causou polêmica pela primeira imagem divulgada do aplicativo, com hashtags muito mais picantes que as do concorrente Lulu. Muitas pessoas acusaram a ferramenta de machismo.
O Lulu, aplicativo que inspirou o Tubby, também foi alvo de um processo. Um usuário pediu na Justiça a exclusão do seu perfil, além de indenização por danos morais. Na semana passada, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios instaurou um inquérito civil público contra o aplicativo Lulu e contr ao Facebook.
O aplicativo Lulu, que permite que mulheres façam avaliação de homens a partir do seu perfil no Facebook, vem fazendo sucesso na internet. Porém, muitos homens, que não podem ver as avaliações feitas e tem seu perfil automaticamente colocado no aplicativo - basta ter um perfil no Facebook para que isso aconteça -, estão se sentindo incomodados com a brincadeira
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Um aplicativo para Android que prometia rastrear a vida do namorado fez sucesso e causou polêmica na internet. Criado pelo arquiteto de software Matheus Grijó, o app Rastreador de Namorado fornecia informações como a localização de um usuário Android, fornece cópias de SMS enviados e recebidos e até mesmo transforma o celular em uma escuta, revelando tudo que acontece ao redor. Alegando violação da política da loja de aplicativos do Android, o Google removou o programa da Play Store
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O aplicativo Bang With Friends usa o perfil dos seus usuários no Facebook para encontrar amigos interessados apenas em sexo. O app garante que mostra aos amigos escolhidos que uma pessoa está interessada em sexo com eles apenas se a recíproca for verdadeira. Se o desejo for mútuo, ambos os usuários recebem um e-mail revelando seus nomes
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O jogo Phone Story foi retirado da loja de aplicativos por demostrar violência ou abuso de menores. O programa era uma crítica à própria Apple, e consistia em um jogo em que mostrava as diversas faser de desenvolvimento de um gadget. O game representava referências a trabalho escravo e, em uma das fases, o jogador tinha que salvar trabalhadores que se atiravam de telhados. A Foxconn, fabricante do iPhone na China, enfrentou polêmicas pelo elevado número de suicídio de seus funcionários
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Depois de receber um abaixo-assinado com mais de 146 mil assinaturas virtuais, a Apple decidiu remover o aplicativo Exodus Intenational, que falava em "curar" os homosexuais. O programa incluía vídeos, podcasts, notícias e blog que carregavam a mensagem "provendo apoio para indivíduos que querem se recuperar do homesexualismo", segundo a descrição
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Após dois meses na App Store, a Apple retirou o aplicativo Manhattan Declaration. Segundo a empresa, o app violou os termos por ser ofensiva para vários grupos de pessoas. O software convidava o usuário a se somar às campanhas contra a homossexualidade e o aborto como uma suposta enquete. Depois de responder o questionário, descobria-se que não era uma pesquisa, mas uma prova, com um resultado em que o correto era responder de acordo com crenças de grupos tradicionais cristãos
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O aplicativo "Judeu ou não judeu?", que classificava personalidades em função de serem ou não judias gerou uma avalanche de críticas na França acabou sendo retirado da App Store no país. O motivo foi a violação do Código Penal francês, que proíbe criar ou manter listagens na internet que classifiquem as pessoas em função de sua opção religiosa. O programa segue disponível nos demais países