Kim Dotcom quer processar governo americano em US$ 2,6 bilhões
26 nov2012 - 14h52
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Kim Dotcom, criador do Megaupload, está pronto para "parar de se defender e começar a atacar" o governo americano. Na tarde desta segunda-feira ele postou uma foto no Instagram mostrando a chegada, de helicóptero, do investidor que permitiria iniciar um processo de US$ 2,6 bilhões contra o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ, na sigla em inglês).
"Podemos processar o governo dos EUA ou a MPAA (associação de produtoras de cinema) em US$ 2,6 bilhões em danos pela destruição do seu negócio", teriam dito os advogados de Dotcom, que postou a citação no Twitter. O criador do Megaupload, que vai lançar seu novo serviço em janeiro, alega que ajudou a justiça americana e agora o departamento parece "uma gangue de promotores canalhas fora de controle".
Os advogados de Dotcom alegam que ele cooperou com o DoJ em diferentes casos de pirataria, um deles contra o NinjaVideo, que usava o Megaupload para armazenar os arquivos com que trabalhava, segundo o The Register. A empresa de Dotcom teria mantido os arquivos no sistema (em vez de deletá-los) a pedido da justiça americana, mas os mesmos arquivos teriam sido listados, mais tarde, entre o material pirata que o Megaupload supostamente sabia que hospedava e mesmo assim não deletou.
Segundo o DoJ, no entanto, os arquivos não estavam apenas no servidor do NinjaVideo, mas em diferentes outros servidores do site de hospedagem. Dotcom alega que não poderia ter deletado as outras cópias do material, porque isso poderia prejudicar o caso do departamento.
"Depois de anos de abusa da MPAA de outros extremistas detentores de direitos autorais, o caso Mega é a oportunidade da internet de revidar", tuitou Dotcom logo antes da chegada do investidor.
Kim Dotcom publicou no seu Twitter o link de um vídeo com o título Making of Megabox, onde se vê imagens do que parece ser a sede onde o novo serviço
Foto: Youtube.com / Reprodução
No final da apresentação, o que deve ser a tela inicial do Megabox. O serviço não tem data de laçamento confirmada por Dotcom
Foto: Youtube.com / Reprodução
Funcionários aparecem entrando nos escritórios da nova empreitada de Dotcom, que foi preso em janeiro
Foto: Youtube.com / Reprodução
Nas imagens aparece um pouco mais da estrutura física, com programadores e designers trabalhando
Foto: Youtube.com / Reprodução
Cadeiras confortáveis e máquinas com duas telas fazem parte das infraestrutura de desenvolvimento do serviço
Foto: Youtube.com / Reprodução
Uma sequência exibe a interface do serviço, que promete revolucionar a indústria musical, segundo Kim Dotcom
Foto: Youtube.com / Reprodução
Radiohead é uma das ofertas que aparecem nas telas. Dotcom diz ter encontrado uma forma de remunerar os artistas com 90% dos direitos sobre as músicas
Foto: Youtube.com / Reprodução
Dotcom, ele mesmo músico, também estaria no banco de dados com algumas canções, pelo que mostra esta tela
Foto: Youtube.com / Reprodução
Entre as funções estão as músicas mais pesquisadas pelos internautas, recurso que se encontra em sites de downloads pagos
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Um ranking social também aparece, ao gosto de Dotcom, que conta com mais de 100 mil seguidores no Twitter, praticamente seu canal oficial de manifestações públicas
Foto: Youtube.com / Reprodução
Outros artistas presentes nas telas do vídeo são Portishead e Blur
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Indicadores de audiência e pesquisa também aparecem no vídeo, bem como uma divisão por gêneros e uma avaliação do conteúdo
Foto: Youtube.com / Reprodução
Tela inicial faz um apelo para os músicos: "Assuma o controle da sua carreira musical"
Foto: Youtube.com / Reprodução
"Publique todas as suas músicas para a nuvem com armazenamento ilimitado" é outro dizer na página
Foto: Youtube.com / Reprodução
Para o público, a promessa de artistas exclusivos
Foto: Youtube.com / Reprodução
No clima "empresa de tecnologia", almofadas coloridas com siglas são exibidas no vídeo dos supostos escritórios do Megabox