A Microsoft foi condenada a indenizar uma usuária que teve sua conta no serviço de mensagens instantâneas MSN invadida por hackers. A decisão da 11ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais obriga a Microsoft a pagar R$ 10 mil de indenização à usuária.
A funcionária pública autora da ação recebeu uma mensagem no celular em 2009 na qual uma pessoa afirmava que havia descoberto sua senha de MSN. Dias depois, descobriu que sua senha do serviço de mensagens e da rede social Orkut, do Google, haviam sido alterados. O invasor passou a usar sua identidade, fazendo uso indevido do seu endereço de e-mail e violando suas mensagens e seu perfil no site de relacionamento, segundo o tribunal.
A usuária entrou na Justiça pedindo indenização por danos morais alegando que, ao se cadastrar no site e ao ler o termo de uso, concordou e assumiu toda a responsabilidade de não infringir as normas estabelecidas, porém acreditou que a empresa iria cumprir seu papel de proteger sua senha. Em sua defesa, a Microsoft alegou que não tinha acesso aos servidores da Microsoft Corporation, localizados nos EUA. Afirmou, ainda, que as duas empresas possuem personalidades jurídicas distintas, sendo a última a única responsável pela disponibilização dos serviços do e-mail Hotmail.
Segundo o desembargador relator, Alexandre Santiago, "o provedor tem o dever contratual de garantir a segurança do usuário".
O Messenger foi um dos mais importantes mensageiros instantâneos (IMs) dos anos 2000. Criado em 1999, chamava-se MSN Messenger, e continua sendo chamado apenas de MSN pelos brasileiros, embora desde 2005 tenha saído do guarda-chuva do MSN para virar Microsoft Live Messenger.
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Dez anos após o lançamento, a desenvolvedora afirmava que havia mais de 330 milhões de usuários no mundo - o que não impediu a decisão, em novembro de 2012, de encerrar o serviço e migrar os usuários para o Skype, produto de voz por IP (VoIP) adquirido por Redmond no ano anterior
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O Napster, criado em 1999, foi o primeiro serviço de compartilhamento peer-to-peer (P2P) usado majoritariamente para a troca de músicas em formato MP3. Mais do que um serviço de troca de arquivos, o Napster foi o precursor de uma grande batalha que perdura até hoje entre os serviços P2P, que permitem a circulação gratuita de conteúdos (inclusive os protegidos por direitos autorais), e os gigantes da indústria fonográfica - Hollywood, como prova o caso Megaupload, atualmente também tenta se armar contra a tecnologia
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Primeiro P2P a ser processador, o Napster foi comprado pela Roxio em 2003 e se tornou, ironicamente, uma loja virtual de músicas, hoje de propriedade da americana Best Buy
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O Netscape Navigator, conhecido simplesmente como Netscape, foi um dos primeiros navegadores com interface amigável para o usuário navegar na internet. Lançado em 1994, o browser era baseado no Mosaic - que estreou a categoria de programas para visualização da web - e podia ser usado gratuitamente por usuários não comerciais
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De principal browser dos anos 1990, no entanto, o software caiu praticamente em desuso em 2002, quando a Microsoft incluiu o Internet Explorer entre os programas pré-instalados do sistema operacional Windows. A Netscape Communications Corporation, que desenvolveu o browser, foi comprada pela AOL, e o Netscape foi descontinuado em dezembro de 2007. Atualmente os principais browsers do mercado são o Google Chrome, o Mozilla Firefox, o Microsoft Internet Explorer, o Apple Safari e o Opera Browser
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O AltaVista já foi um dos principais sites de busca da web. Criado em 1995, fornecia os resultados de busca do Yahoo!, companhia que comprou o buscador em 2003. O AltaVista chegou a ser encerrado em 2011, mas voltou à ativa no ano seguinte e atualmente está no ar com a URL original mas a logo e o motor de busca do gigante de internet que é há uma década
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Com nome que faz referência à paisagem que cerca Palo Alto, na Califórnia, o AltaVista se popularizou pela interface minimalista e pelo mecanismo à época inovador de indexação da web. Dois anos após o lançamento, o site já tinha 80 milhões de cliques diários, mas uma estratégia que não deu certo - de transformar o site em portal e tirar o foco das buscas -, somada à bolha da internet dos anos 2000 e à entrada do Google no segmento, levou o site à falência
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O Orkut ainda existe, e dispensa explicações aos brasileiros - principal público da rede social. Criado em 2004, o site foi batizado com o nome de um dos criadores, Orkut Büyükkökten, e hoje tem cerca de 30 milhões de usuários ativos no mundo - o rival Facebook tem 1 bilhão. No País, a vontade de participar da rede social fez com que muitas pessoas fizessem sua primeira incursão no mundo da web e colaborou com a expansão do uso da internet no Brasil. O Google, dono do Orkut, lançou mundialmente outra rede social, o Google+, em 2011
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O agregador de feeds Google Reader encerra as atividades em 1° de julho. O serviço não revela quantos usuários tem, mas só na primeira semana após o anúncio do fim da ferramenta, 500 mil usuários migraram para o concorrente Feedly, que incluiu entre as opções de configuração uma opção 'somente títulos (Google Reader)'. O fim do serviço se deve à diminuição de uso e à "canalização de energia" em outros produtos, segundo o Google