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Mulher é decapitada por denunciar traficantes em rede social

25 set 2011 - 12h32
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A polícia mexicana encontrou, no sábado, uma mulher decapitada, junto com um bilhete que informava que o assassinato era por causa de postagens que a vítima fez em redes sociais denunciando crimes de cartéis de drogas. De acordo com o Daily Mail, o corpo foi achado na cidade de Nuevo Laredo, e seria o terceiro homicídio relacionado a informações divulgadas na web sobre as ações de traficantes na região fronteiriça do México com os Estados Unidos.

Crime aconteceu na cidade de Nuevo Laredo, na fronteira com os EUA
Crime aconteceu na cidade de Nuevo Laredo, na fronteira com os EUA
Foto: Google Maps / Reprodução

Segundo o secretário de assuntos internos do estado de Tamaulipas, onde fica o município, Morelos Canseco, a mulher foi identificada como Marisol Macias Castaneda, e seria uma das editoras do jornal local Primera Hora. A publicação não confirma a informação, e de acordo com um funcionário que não quis informar o nome, Marisol não trabalhava na redação, e sim em uma função administrativa.

Mas, aparentemente, o motivo do assassinato não seria o posto no jornal, e sim um post que a mulher teria feito na rede social local, Nuevo Laredo en Vivo (Nuevo Laredo ao Vivo, em tradução livre). O site divulga informações do exército e da marinha, bem como da polícia, e tem uma seção de denúncia de crimes e tiroteios, além de pontos de vendas de drogas. As postagens são anônimas, e a polícia não sabe como os homicidas descobriram a identidade de Marisol.

No bilhete deixado com o corpo, lê-se: "Nuevo Laredo ao Vivo e outras redes sociais, eu sou A Garota de Laredo apelido usado no site por quem postou a denúncia e estou aqui por causa das minhas informações e das de vocês. Para aqueles que não acreditam, isso me aconteceu por causa de minha ações, e por acreditar no exército e na marinha. Obrigada pela atenção, atenciosamente, A Garota de Laredo....ZZZZ". A letra Z seria a assinatura do cartel Los Zetas, formado por ex-militares e que ganhou fama graças a execuções hediondas e assassinatos em massa. O mesmo grupo teria assinado outras duas mortes, em 16 de setembro, também devido ao uso de redes sociais para denúncias.

Redes sociais, blogs e salas de bate-papo têm sido um meio crescente de troca de notícias entre cidadãos das cidades fronteiriças do México, onde o tráfico de drogas domina as ruas e a mídia local não reporta certos acontecimentos por medo de retaliações. Usuários usam as informações para saber que locais evitar por causa de tiroteios ou presença de traficantes.

Fonte: Terra
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