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Estados Unidos

NSA diz que só "mexe" com 1,6% do tráfego da internet

12 ago 2013 - 12h05
(atualizado às 12h05)
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Agência publicou documento de 7 páginas esclarecendo alguns de seus procedimentos
Agência publicou documento de 7 páginas esclarecendo alguns de seus procedimentos
Foto: Reprodução

Apenas algumas horas depois que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu as atividades da agência de segurança nacional americana (NSA, na sigla em inglês), a agência de vigilância divulgou um documento em que alega que só revisa uma pequena parte do tráfego da internet diariamente. No texto de sete páginas tornado público na sexta-feira, a NSA alega que a quantidade de dados que coleta de aparelhos de comunicação global é comparável com uma moeda de 10 centavos colocada no meio de uma quadra de basquete. As informações são do Cnet.

"De acordo com números publicados por um grande provedor de internet, a internet transmite 1.826 Pentabytes de informação por dia. Em sua missão de inteligência internacional, a NSA mexe com cerca de 1,6% disso. Entretanto, de 1,6% de dados, apenas 0,025% é realmente selecionado para revisão. O efeito líquido é que os analistas da NSA observam apenas 0,00004% do tráfego mundial ao conduzir sua missão - menos do que um décimo de milhão", afirma o documento, intitulado "A Agência Nacional de Segurança: Missões, Autoridades, Fiscalização e Parcerias".

No prólogo, a agência detalha como coleta e analisa dados de comunicação e ressalta que conduz suas atividades "respeitando a privacidade e as liberdades civis". "Não precisamos sacrificas as liberdades civis pela segurança nacional; as duas são integrais de quem somos enquanto americanos", diz o texto. "A NSA pode e vai continuar a conduzir suas operações de modo a respeitar ambos."

A NSA ainda afirma que ao desconstruir a vigilância dos que terroristas por trás dos ataques de 11 de setembro a agência concluiu que "não tinha as ferramentas nem as bases de dados para pesquisar e identificar essas conexões (dos terroristas) e compartilhá-las com o FBI". Além disso, diz que todos os seus funcionários são obrigados a reportar quando suspeitam que a agência não esteja agindo de acordo com a lei ou com as políticas - o que o documento chama de "a cultura e a textura da NSA".

No texto, que não é atribuído a uma pessoa específica nem oferece informações de contato, a NSA também nega ter parceiros de inteligência estrangeiros para contornar a lei americana que proíbe certas atividades. "Esses parceiros são uma parte importante da defesa dos EUA e aliados contra o terrorismo, autores de ciber-ameaças e outros que ameaçam nossa segurança individual e coletiva. Ambas as partes dessas relações se beneficiam", diz o documento.

Fonte: Terra
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